A Feira do Livro de Lisboa recebe sábado, dia 30, o “Dia de Olivença”, iniciativa promovida pela associação cultural Além Guadiana e que inclui diversas palestras e actividades culturais relacionadas relacionadas com esta histórica localidade. Marcam presença o historiador Miguel Ángel Vallecillo, que falará sobre a Bibliografia e Etnografia, e o artista gráfico José Antonio González, que apresentará Olivença através dos livros.

De acordo com a associação, estará igualmente na Feira do Livro de Lisboa o poeta Julián Portillo, para um recital de poesias de sua autoria.

A presença oliventina na Feira do Livro de Lisboa é inédita e integra-se nas “Lusofonias”, evento dedicado ao mundo da cultura portuguesa, que se tem realizado em Olivença desde há cinco anos, com a finalidade de “valorizar a herança cultural portuguesa desta terra e a sua aproximação ao mundo lusófono através da arte, música, literatura, teatro e das mais diversas manifestações culturais.

A Além Guadiana tem por objectivo “fortalecer a singularidade de Olivença como ponto de encontro das culturas portuguesa e espanhola” e “apoiar as diferentes manifestações (língua, música, tradições, etc.) de raiz portuguesa em Olivença”

De acordo com a Além Guadiana, nos últimos anos Olivença assiste a um renascimento do interesse pelas raízes portuguesas que se traduz em inúmeras iniciativas culturais. “Com a participação de Olivença na Feira do Livro, a associação Além Guadiana deseja visibilizar os esforços dos oliventinos para dar valor ao seu rico património português”, refere um comunicado da associação.
A Além Guadiana é uma associação privada sem fins lucrativos, constituída em Março de 2008. A associação é composta maioritariamente por oliventinos que partilham o interesse pelo estudo, a recuperação, a promoção e o prazer da cultura portuguesa em Olivença, bem como a aproximação à Lusofonia.
“A Além Guadiana nasce como fruto de uma sensibilidade comum: o desejo de preservar a peculiar identidade cultural de Olivença, cinco séculos portuguesa e dois espanhola. Conhecida como a cidade das duas culturas pela coexistência de elementos culturais de ambos países, nas últimas décadas sofreu, porém, um forte processo de desaparição de elementos do substrato cultural português. Além Guadiana deseja contribuir para que não se perca a memória portuguesa de Olivença, entendendo que ela faz parte imprescindível do seu rico património e da sua personalidade mestiça”, pode ler-se no site da associação.

O âmbito principal de atuação da associação são os concelhos de Olivença (que inclui as aldeias de São Jorge da Lor, São Bento da Contenda, Vila Real, São Domingos de Gusmão, São Rafael e São Francisco de Olivença) e Táliga, pertencentes a Portugal até 1801 e último território a incorporar-se na administração espanhola.

Os objetivos do Além Guadiana são estritamente culturais. A associação, de caráter filantrópico e não partidário, está à margem de qualquer fim de caráter político ou territorial. A nossa associação tem como único âmbito de atuação o fomento cultural, interpretando que a cultura, como elemento identitário, é independente de fronteiras ou ideologias políticas.

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