Quarenta e oito filmes de 17 países estarão em competição na13º edição do FIKE – Festival Internacional de Curtas Metragens, que decorrerá entre os dias de 9 e 13 de junho nas cidades de Évora, Beja e Portalegre.

Segundo a organização, as curtas-metragens que disputam a competição internacional nas categorias de Ficção, Documentário e Animação, são provenientes da Argentina, Israel, Austrália, Tunísia, Vietnam, Camboja, Rússia, Polónia, Eslováquia, Alemanha, Bélgica, França, Suécia, Suíça, Itália, Espanha e Portugal, que conta este ano com onze curtas (5 filmes de animação, 1 documentário e 5 obras de animação) a disputar os troféus do festival.

O FIKE 2015 conta com cerca de 40 estreias internacionais. Ao todo, estarão em exibição mais de 100 filmes, em competição e nas mostras paralelas. As sessões decorrerão no Auditório da Universidade de Évora, no Teatro Pax Julia, em Beja, e no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre.

O Júri Oficial do festival integra este ano a actriz portuguesa Adelaide Teixeira, o italiano Carlo Dessi, director artístico do SFF – Sardinia Film Festival, e o músico norte-americano e compositor de bandas sonoras Nik Phelps.

O FIKE tem como director João Paulo Macedo e é promovido pela SOIR – Sociedade de Instrução e Recreio Joaquim António de Aguiar, Associação “Lua aos Quadradinhos”, pelo Cine Clube da Universidade de Évora em parceria com a Estação Imagem e associação cultural bejense Lêndias d’Encantar.

“Fitas” públicas no cinema comercial

No final do mês em curso, a cidade ficou a saber que o cinema comercial pode estar de regresso. A Câmara Municipal de Évora aprovou (votos favoráveis da CDU e do PSD e abstenção do PS) duas propostas que, segundo a autarquia, permitem o retorno do cinema comercial à cidade. A primeira diz respeito à constituição de lote para instalação de um cinema em terrenos anexos ao Terminal Rodoviário e a segunda incide na atribuição desse lote à firma Algarcine – Empresa de Cinemas. 
Diz a CME que “por forma a agilizar prazos para a fruição do equipamento pela população e atendendo à necessidade de ser garantida uma solução urbanística e arquitetónica de qualidade, tendo em conta a localização do terreno, irão os serviços municipais a elaborar o Projeto Base de Arquitetura (Ante Projeto) do edifício, naturalmente dando resposta aos requisitos técnicos e layout a definir pelo futuro adquirente”. A cedência do lote é exclusivamente destinada à construção de cinema, sob pena de reverter para a Câmara caso a finalidade seja alterada.

“Esta é a forma da autarquia procurar responder a um problema da cidade, uma vez que não dispõe de verba para recuperação ou construção de tal equipamento, prevendo o promotor que a breve prazo o cinema, constituído por três salas, entre em funcionamento”, pode ler-se num comunicado da CME.

A Algarcine possui quatro cinemas no Algarve e dois no Alentejo. Évora viu encerrar, em 2009, as únicas duas salas de cinema em funcionamento na cidade

A abstenção socialista teve direito a declaração de voto: «Abstivemo-nos nesta proposta de atribuição de um lote à empresa Algarcine para a construção de um cinema em Évora, partindo do princípio até de que se trata de cinema dito comercial que à data não existe em Évora, porque não queremos inviabilizar a possibilidade de os Eborenses usufruírem desta actividade de lazer. Esta proposta vem, aliás, comprovar que, ao contrário do que muito se quis fazer crer aos Eborenses, actualmente o cinema comercial só se pode constituir como uma actividade regular e consistente pela iniciativa privada. No entanto, a proposta enferma de algumas zonas menos claras e não suficientemente esclarecidas (…) Tratando-se de uma iniciativa privada, poderíamos enquanto responsáveis pela gestão pública de bens públicos não nos meter nesse assunto e deixar a preocupação com o futuro do negócio a quem vai fazer esse negócio. Ainda assim, a proposta pressupõe um apoio público que, se agora se constitui como apoio à iniciativa, importa equacionar no que pode acontecer no caso da iniciativa, privada, se gorar no futuro.”

Marionetas adiadas para 2016

Noutros sectores da actividade cultural em Évora, o destaque pela confirmação recente do adiamento da edição deste ano da Bienal Internacional de Marionetas de Évora (BIME), prevista para Junho. Por falta de financiamento atempado de fundos comunitários, Centro Dramático de Évora (CENDREV) anunciou que a 13.ª edição será realizada apenas em 2016. “Os Bonecos de Santo Aleixo são os dignos anfitriões da festa das marionetas que a cidade Património Mundial já se habituou a viver, daí que não seria esta a notícia que gostaríamos de dar, mas os caminhos tortuosos porque passa a cultura no nosso país, determinados seguramente pela malfadada crise, empurraram-nos para esta decisão: não haverá BIME este ano, mas queremos anunciar simultaneamente a concretização da sua 13ª edição em 2016, de 31 de Maio a 5 de Junho e o acerto do calendário da BIME com a 14ª edição, de 30 de Maio a 4 de Junho de 2017. Este compromisso é possível devido ao acordo firmado entre o Cendrev, a Câmara Municipal de Évora, a Entidade Regional de Turismo e a Direcção Regional de Cultura do Alentejo”, refere um comunicado da organização da BIME.

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