A presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, considera a que a polémica que se instalou nas redes sociais sobre as actividades do Dia da Criança organizadas pela autarquia está a denegrir a imagem da PSP e que se transformou uma iniciativa que se pretendia pedagógica num ‘fait-divers’.
Em Portalegre, a PSP colaborou com os mais novos para simular um motim – de um lado, um grupo com escudos, do outro, os manifestantes prontos a arremessar ‘pedras de papel’. Nas redes sociais, logo que as imagens foram colocadas na página do município no Facebook, sucederam-se as manifestações de indignação.
Mas, a autarca Adelaide Teixeira faz outra leitura e desvaloriza a polémica. Em declarações à Rádio Portalegre, falou de uma “falsa questão” e adiantou que o objetivo do exercício era explicar às crianças que a polícia tem um papel pacificador e que não deveria envolver-se em conflitos com as forças de segurança.
Exercício “aberrante”, diz PS
Em comunicado, o PS de Portalegre já reagiu. Em comunicado, citado pela RP, os socialistas consideram “aberrante” o exercício realizado com a ajuda da polícia local no decorrer das comemorações do Dia da Criança. “É algo que com toda a certeza não fará parte das melhores práticas lúdicas e educativas que visam assinalar uma data, que comemora direitos humanos devidamente consolidados na nossa sociedade (…) tal insensibilidade é bem demonstrativa da total falta de coordenação e planeamento, que é característica de qualquer organização protagonizada pelo município local”, lê-se no comunicado dos socialistas.