“Muito poucas vezes, na já longa história da parceria europeia, um Conselho Europeu foi tão determinante”, afirmou Carlos Zorrinho ao intervir esta manhã no debate relativo à preparação do Conselho Europeu de 10 e 11 de dezembro, sublinhando que este será o último Conselho formal da Presidência Alemã e que constitui já uma “ponte para o lançamento” da Presidência Portuguesa que se lhe segue.
Uma “ponte”, segundo afirmou o Eurodeputado Socialista, a partir do Gabinete do PE em Lisboa na sessão plenária conduzida a partir de Bruxelas e com ligação remota aos gabinetes do PE nas capitais dos Estados-Membros, que tem no horizonte um “cenário da pandemia e de um Natal diferente. O futuro da União Europeia está em jogo e não permite hesitações”.
Na sua intervenção, Zorrinho colocou em evidência várias interrogações da atualidade questionando, designadamente, se “podemos nós hesitar na concretização do financiamento solidário da recuperação, na matriz democrática da nossa parceria, na preservação de uma relação construtiva com o Reino Unido, na prioridade de uma parceria multilateral entre iguais com África, no reforço do eixo atlântico, que tem que ser o porta-aviões do nosso posicionamento global, nas agendas social, climática e digital que reconecte os cidadãos com o projeto europeu?”. Para de modo perentório concluir que “não, não podemos”.
Por isso, de acordo com o Eurodeputado Socialista, o próximo Conselho Europeu “não será apenas mais um Conselho” pois este “ficará na história, pelo sucesso, pelas meias-tintas ou pelo fracasso”. Esperançado e otimista, Carlos Zorrinho terminou afirmando “o mundo precisa que seja pelo sucesso”.