Os eleitos da Coligação Democrática Unitária (CDU) em Campo Maior estão descontentes com a solução encontrada pela Infraestruturas de Portugal (IP) ao colocar guardas metálicas de forma a impedir o estacionamento de veículos pesados na Estrada Nacional 373, junto à Fonte Nova e na zona dos supermercados.
Em comunicado, o vereador Paulo Ivo Almeida (CDU) começa por referir que o estado de conservação das estradas municipais são “responsabilidade da Câmara Municipal, apesar de o PS atirar sempre a execução dessas reparações para quando as verbas centrais ou europeias as financiassem”.
As obras de melhoria das estradas nacionais 371 e 373, que ligam Campo Maior a Elvas e Portalegre, no perímetro urbano da vila alentejana, estavam inicialmente previstas para Dezembro de 2020.
Na reunião da Autarquia, de 3 de Fevereiro, o eleito pela CDU revela ter sido informado do adiamento das obras para o mês de Abril “devido a incapacidade do empreiteiro contratado de as executar. Informaram, ainda, que seriam colocadas guardas metálicas de forma a impedir o estacionamento de veículos pesados”.
No documento enviado à redacção do jornal, a CDU frisa que “a colocação de tais guardas irão impedir o descanso daqueles que foram, também, durante a pandemia, trabalhadores da linha da frente”.
“Os motoristas de veículos pesados asseguraram durante este período, como sempre, o fornecimento de bens à população, asseguraram que o material médico chegasse aos hospitais e centros de saúde, asseguraram o fornecimento dos supermercados e bombas de gasolina, assim como os materiais necessários para que tantos e tantos serviços e indústrias pudessem continuar a trabalhar”, explicam.
A CDU de Campo Maior considera que “essa opção do executivo PS demonstra um total desrespeito por estes trabalhadores uma vez que, apesar da insistência, não encontraram nem tencionam encontrar uma solução semelhante para permitir o descanso e o abastecimento de bens alimentares destes motoristas”.
“A consideração e respeito da maioria PS na autarquia pelos trabalhadores não passa de palavras ocas em discursos circunstanciais ou em posts nas redes sociais, porque quando é necessário demonstrar na prática e através de actos concretos, o respeito por quem trabalha, está demonstrado que a humanidade deste PS já se esgotou há muito”, acrescentam.