A atividade de diversão itinerante e os parques infantis e aquáticos privados vão poder entrar em funcionamento nos concelhos do continente incluídos no nível mais avançado do plano de desconfinamento.
Após uma reunião do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva afirmou, em conferência de imprensa, em Lisboa, que a situação de calamidade no continente vai ser prolongada até 30 de maio (o atual período de vigência termina no domingo) e que a evolução da pandemia de covid-19 neste território permite continuar com as medidas aprovadas, embora com alguns acertos.
“Para todos os concelhos que estiverem no nível maior de desconfinamento – e que são, como veem, quase todos -, [há] a possibilidade de entrada em atividade dos itinerantes de diversão, dos parques infantis que não os públicos, que já tinham aberto há 15 dias, e dos parques aquáticos”, explicou, acrescentando que as restantes regras relativas a cada nível de desconfinamento vão manter-se.
A reabertura das atividades agora permitidas nos municípios mais avançados no plano de desconfinamento tem sido reivindicada pelos empresários destes setores.
Na semana passada, em mais um protesto em período de pandemia – o primeiro que reuniu as três associações representativas do setor –, empresários da diversão itinerante concentraram-se em Lisboa para pedir a retoma urgente da atividade, prometendo funcionar com protocolos de segurança.
Acusando o Governo de negligência, a Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados (APIC) explicou que já estavam a ser assinados contratos com os municípios para recomeçarem a laborar, mas, recordou, estavam a ser bloqueados pela tutela.
Questionada sobre a situação dos bares e discotecas, setor que desde o início da pandemia não conseguiu ainda reabrir portas, Mariana Vieira da Silva referiu que atualmente “não existe previsão” para o seu funcionamento e que o Governo aguardará as próximas indicações dos peritos da área da saúde.
“Quanto mais sabemos da pandemia, mais conhecemos espaços identificados como zonas problemáticas, que terão sempre uma situação de maior sensibilidade”, disse.
Segundo o mapa de incidência de covid-19 e respetivas medidas atualizado hoje pelo Governo, os concelhos de Arganil e Lamego vão recuar no processo de desconfinamento, no âmbito da pandemia, enquanto outros três municípios e uma das freguesias de Odemira avançam e ficam a par da generalidade do continente.
Arganil e Lamego regridem para regras definidas em 19 de abril e o concelho de Resende mantém-se onde já estava na semana passada, no nível de desconfinamento equivalente às regras de 05 de abril.
Por outro lado, os concelhos de Cabeceiras de Basto – que tinha recuado há apenas uma semana -, Carregal do Sal e Paredes vão avançar para a quarta fase de desconfinamento, a par da generalidade do continente, depois de recuperarem dos níveis de incidência da covid-19.
Segundo a ministra, também a freguesia de Longueira-Almograve, em Odemira, que foi sujeita a uma cerca sanitária, está em condições de acompanhar os concelhos mais avançados.
Já em São Teotónio, no mesmo concelho, onde se mantêm ainda níveis de incidência elevados, embora sem transmissão comunitária, a freguesia dá um passo em frente no desconfinamento, passando a estar sujeita às regras que vigoraram a partir de 05 de abril para a generalidade do país, “essencialmente abertura de lojas e permissão de frequência de esplanadas”.
A ministra destacou que há sete concelhos que estavam em alerta na semana passada e que se mantêm em alerta, há cinco concelhos que passam a estar em situação de alerta e há 14 concelhos que deixam de estar em situação de alerta.
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