Augusto Carujo, o popular Zarinha, faleceu vítima de doença prolongada este sábado, 10 de Julho, sendo considerada uma figura carismática no concelho de Elvas.
Augusto Maria Lopes Carujo, popularmente conhecido por Zarinha, nasceu em Vila Boim, tendo completado a quarta classe com 13 anos, altura em que começou a lavar copos no Café Alentejo. O seu percurso esteve sempre ligado, grande parte, à hotelaria e à restauração, somando uma vida de trabalho em casas históricas da região. O humor e a boa disposição foram traços cravados na sua identidade e que lhe eram reconhecidos pelos amigos.
Na rubrica “Testemunhos de uma vida” do jornal Linhas de Elvas, Augusto Carujo salientou que a infância praticamente “não existia”, onde jogar à bola era sempre “à pressa” e “hoje, apesar de isto estar ruim, são tempos muito melhores do que aqueles que foram os meus”, referia ao semanário em 2016, ano em que cumpriu 60 anos de idade.
Augusto Carujo cresceu no seio de uma família numerosa com o pai a “trabalhar no campo para governar oito filhos – dois rapazes e seis raparigas”. A sua alcunha, pela qual é mais conhecido do que o nome de baptismo, foi uma brincadeira de namorados e que ficou, como nos contou.
Zarinha pertencia à Associação de Romeiros de Vila Boim, deixando enorme saudade e comoção nesta localidade, de onde é natural. As anedotas e o fado eram paixões que partilhava em palco com o público em eventos culturais.
À família enlutada o “Linhas” endereça sinceras condolências.