O Conselho de Ministros prorrogou o prazo, “até Dezembro de 2022”, do Programa da Habitação ao Habitat, que prevê intervenções-piloto em quatro bairros públicos nos concelhos de Loures, Vila Nova de Gaia, Elvas e Ponte de Lima.
De acordo com a resolução aprovada pelo Governo, a prorrogação do programa permite a retoma das intervenções-piloto interrompidas em consequência da pandemia de Covid-19, que implicou a suspensão do trabalho de proximidade com os moradores, refere uma nota do executivo.
As intervenções incidem sobre os bairros da Quinta da Fonte (Loures, distrito de Lisboa), de Cabo Mor (Vila Nova de Gaia, distrito do Porto), de São Pedro (Elvas, distrito de Portalegre) e da Zona da Escola Técnica (Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo).
Segundo o Governo, a conclusão destas iniciativas permitirá “tirar conclusões, nomeadamente em termos de boas práticas, sobre um conjunto de soluções e de metodologias passíveis de serem, posteriormente, generalizadas aos bairros de arrendamento público”.
Em 11 de Julho de 2019, o Governo avançou com a assinatura dos acordos de colaboração do programa Da Habitação ao Habitat, para a realização das intervenções-piloto nestes quatros bairros públicos.
Integrado na Nova Geração de Políticas de Habitação, o programa visa promover a coesão e integração socioterritorial nestas áreas, com vista à melhoria global das condições de vida dos moradores, através de uma resposta integrada ao nível das diferentes políticas sectoriais, nomeadamente habitação, educação, emprego, acção social, saúde, cultura, segurança, cidadania e igualdade.
Além disso, as intervenções visam identificar boas práticas passíveis de serem aplicadas a outros territórios similares.
Segundo o diploma do Governo que aprovou o programa Da Habitação ao Habitat, as intervenções-piloto têm a duração de 24 meses e foram definidas com a prévia audição das câmaras municipais onde territorialmente se localizam os bairros.
Para cada bairro deve ser preparado um plano de acção que incorpore soluções inovadoras, nomeadamente no que respeita “às formas de actuação e de aplicação dos recursos por parte das diversas entidades envolvidas, com especial enfoque na optimização do potencial dos meios e recursos alocados para o alcance de resultados em termos de melhoria global das condições de vida dos moradores e de coesão e integração socioterritorial do bairro”, determinou o Governo.
O trabalho deve ser feito, segundo o executivo, com uma articulação das diversas entidades intervenientes, incluindo o activo envolvimento dos moradores.
De acordo com esse diploma, “para cada intervenção-piloto será constituído um grupo de trabalho que terá a responsabilidade de, no prazo de seis meses, desenvolver o plano de acção e respectivo acordo de cooperação a celebrar entre todas as entidades envolvidas na sua execução”.
Os grupos de trabalho têm de ser constituídos “por um ou mais representantes” das áreas governativas do Ambiente (a quem cabe a coordenação), da Presidência e da Modernização Administrativa, da Administração Interna, da Cultura, da Educação, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e da Saúde, assim como da câmara municipal do concelho de localização do bairro, da junta de freguesia respectiva, condomínios, comissões ou associações de moradores, e outras entidades com actuação significativa no bairro.
Também foi criada uma comissão de acompanhamento do programa, composta por representantes das áreas governativas referidas e das câmaras municipais envolvidas.
Sob coordenação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), o programa Da Habitação ao Habitat estava previsto vigorar “até Maio de 2020″ e foi depois prorrogado por 12 meses, sofrendo agora o prazo uma nova alteração.

RCP (SSM) // ROC
Lusa

Foto: Arquivo LE

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