O arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, anunciou hoje que a renúncia quaresmal deste ano será para as caritas das igrejas católicas da Ucrânia, devido ao “sofrimento que o povo ucraniano experimenta” com a invasão russa.
Na sua mensagem de Quaresma, o prelado alentejano considerou que “são grandes as necessidades que, nesta conjuntura, se fazem sentir em muitas populações alentejanas e ribatejanas” da arquidiocese que lidera.
“Porém, o sofrimento que o povo ucraniano experimenta, nesta hora da sua história, golpeia os nossos corações e faz-nos olhar mais para eles do que para nós”, justificou Francisco Senra Coelho.
Assim, segundo o arcebispo de Évora, a renúncia quaresmal deste ano será destinada às caritas das igrejas latina e grega católicas da Ucrânia.
“Repartiremos com eles aquilo que o Senhor na Sua infinita bondade nos oferece e pela nossa partilha com o povo ucraniano, ainda que pequena, como um grão de mostarda, multiplicar-se-á para eles cem por um em utilidade e para nós em luz e alegria”, disse.
Senra Coelho adiantou que este serviço distributivo é entregue à Cáritas Diocesana, apelando aos párocos para que enderecem as ofertas das suas paróquias ao Instituto Diocesano Eborense, “com a brevidade possível”, pois “as necessidades revestem-se de grande urgência”.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

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