Discursando na 22.ª reunião da OCS (Organização de Cooperação de Xangai), o Presidente Xi Jinping sublinhou a necessidade de “atender aos desafios actuais e reforçar a cooperação internacional para contruir um futuro brilhante”.

Após 21 anos de desenvolvimento, a OCS tornou-se a organização de cooperação regional mais extensa e mais populosa do mundo. Este ano, expandiu o seu “círculo de amigos”, incluindo vários países como estados-membros e parceiros de diálogo.

A China, membro fundador da OCS, tem apresentado propostas e acções para a estabilidade e progresso da organização. Na cimeira, o Presidente Xi Jinping salientou a necessidade de aumentar o apoio mútuo, expandir a cooperação em matéria de segurança, aprofundar a cooperação pragmática, reforçar os intercâmbios humanistas e aderir ao multilateralismo. E propôs uma série de medidas concretas em torno da construção de uma comunidade de destino mais próxima.

Estas ideias reflectem o chamado “Espírito de Xangai”, constituindo uma visão profunda de como a comunidade internacional deve enfrentar os desafios da crise, numa época em que o mundo não é um lugar pacífico e existem défices de desenvolvimento e de confiança.

Na área da segurança política, a China propôs impedir que forças externas encenem “revoluções coloridas”, opondo-se conjuntamente à interferência nos assuntos internos de outros países sob qualquer pretexto, abandonando jogos perigosos e política de blocos.

Estas propostas visam enfrentar os verdadeiros desafios e resistir às tentativas de forças externas de interferir nos assuntos internos dos Estados membros da OCS, criando mais sinergia para se oporem ao unilateralismo e salvaguardar a equidade e a justiça.

Em termos de cooperação prática, a China salientou a necessidade de continuar a reforçar a articulação da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” com as estratégias de desenvolvimento e as iniciativas de cooperação regional com outros países, expandindo a pequena cooperação multilateral e sub-regional, reforçando a construção de um sistema de pagamento e liquidação transfronteiriça em moeda local, e promovendo a criação de um banco de desenvolvimento para a organização.

Ao mesmo tempo, a China anunciou o estabelecimento de uma base de formação para profissionais da luta contra o terrorismo, um fórum sobre cadeias de abastecimento, o estabelecimento de um centro de cooperação China-OCS para grandes dados, e o fornecimento de 1,5 mil milhões de yuan em ajuda alimentar humanitária de emergência aos países em desenvolvimento que dela necessitem. Isto ajudará a OCS a aprofundar o potencial de cooperação prática e a alargar o conjunto de interesses comuns de todos os países.

A cimeira aprovou mais de 40 documentos abrangendo os campos da economia, finanças, ciência e tecnologia, humanidades, construção de mecanismos e relações externas, e emitiu quatro declarações sobre a manutenção da segurança energética internacional, a salvaguarda da segurança alimentar internacional, a abordagem das alterações climáticas e a manutenção de uma diversificação segura e estável das cadeias de abastecimento. Este é um esforço positivo da OCS para enfrentar os desafios das crises globais, em contraste com países e grupos que estão a criar divisões e crises no mundo.

Refira-se que a Declaração de Samarkand aprovada na cimeira, inclui a iniciativa de segurança e desenvolvimento global proposta pela China, com os Estados membros a reafirmarem o seu apoio à iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”.

Isto mostra, segundo os promotores, “que as propostas chinesas estão de acordo com as preocupações e interesses comuns dos Estados membros da OCS”.

Guiada pelo “Espírito de Xangai”, a OCS quer tornar-se uma âncora de segurança e estabilidade regional e dar maiores contribuições para a paz e o desenvolvimento mundiais.

Conteúdo Institucional CMG.

Artigo publicado em parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa

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