A greve das chefias dos guardas prisionais está a ter uma adesão acima dos 90% em 12 prisões, entre as quais a de Elvas.
A Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) realiza hoje o primeiro dia de greve total ao trabalho para exigir um novo estatuto profissional e o pagamento de suplementos, entre outras reivindicações.
Em declarações à Lusa, o presidente da ASCCGP, Hermínio Barradas, manifestou-se satisfeito com a adesão acima de 90% nos estabelecimentos de Sintra, Elvas, Santa Cruz do Bispo (feminina), Lamego, Ourém, Vale dos Judeus, Silves e Alcoentre, bem como no Grupo de Intervenção de Lisboa.

Num comunicado sobre os motivos da greve, a ASCCGP apontou “a inércia, a apatia e a desconsideração do Ministério da Justiça sobre os problemas do sistema prisional” e criticou a “opção do Governo de continuar a ignorar a existência de uma inédita (…) falta (…) de efectivo, indesejável e arriscada”.
Os objectivos da greve, de acordo com a ASCCGP, visam a criação de um novo estatuto profissional, a regulamentação da avaliação de desempenho do corpo de guarda prisional, a abertura de concursos para todas as categorias, o pagamento do suplemento de segurança prisional e a resolução de problemas estruturais no sistema prisional.
Denunciando “péssimas condições de trabalho”, bem como os “baixos e incongruentes vencimentos”, o organismo sindical lamentou ainda a ausência de perspectivas de evolução na carreira e a falta de reconhecimento. Por isso, considerou ser necessária a intervenção do executivo, apesar de registar a “permanente humilhação funcional” pela tutela.
Redacção com Lusa