A Arquidiocese de Évora emitiu ontem um comunicado na sequência da morte do Padre José António Gonçalves, no Gerês, atendendo “a dúvidas e pedidos de esclarecimento subsequentes”.
Fonte da Arquidiocese de Évora começa por explica que “até à data da morte” do padre José António, “não havia, na Arquidiocese de Évora, nenhuma queixa ou denúncia em arquivo, nem nunca lhe fora instaurado qualquer processo de averiguações”.
No entanto, “no dia da sua morte, à tarde, o Senhor Arcebispo recebeu uma família que lhe expôs um caso de assédio online a pessoa adulta vulnerável. O Senhor Arcebispo solicitou que a queixa lhe fosse apresentada por escrito, para posterior tratamento processual”.
O Senhor Arcebispo convocou para o dia seguinte, quarta-feira, 22 de Fevereiro, uma reunião com os juristas da Comissão Diocesana de Protecção e Segurança de Menores e Pessoas Vulneráveis, para dar início ao processo preliminar de averiguações.
“Não houve, neste período, nenhum contacto entre a Diocese e o Padre José António”, esclarece. Entretanto, durante a noite de terça para quarta-feira, “o Senhor Arcebispo recebeu a notícia da morte do Padre José António, em condições ainda não totalmente esclarecidas”.
“Este é um momento doloroso para a Arquidiocese e, sobretudo, para a família enlutada, a quem apresentamos as nossas condolências”, vincou.
O Padre José António Gonçalves tinha 57 anos e era pároco em Santiago de Rio de Moinhos, em Borba. Descendente de minhotos era natural da Covilhã, onde decorreram hoje as celebrações fúnebres presididas pelo Arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho. Morreu na barragem de Vilarinho das Furnas, em Terras de Bouro, a 21 de Fevereiro, onde a GNR localizou, primeiro, a viatura do sacerdote e, depois, o corpo do presbítero.