Castelo de Marvão acolhe centro interpretativo das fortalezas da raia

A antiga Casa do Forno do Castelo de Marvão vai acolher um centro de interpretação das fortalezas abaluartadas da raia, num investimento que ronda os 100 mil euros, foi hoje divulgado.
De acordo com a Câmara de Marvão, a inauguração do Centro de Interpretação das Fortalezas Abaluartadas da Raia vai decorrer no sábado, a partir das 11:30.
“O equipamento é constituído por painéis informativos, vitrines com balas de canhão, material informático como painéis táteis, tudo preparado para acolher todos os escalões etários, numa ótica de uma visita em família, pois acaba por ser educativo”, explicou à agência Lusa o vice-presidente do município, Luís Costa.
De acordo com o autarca, os painéis táteis vão dar a possibilidade de “recolher toda a informação” de como foi construída a fortaleza de Marvão.
O espaço museológico, constituído por uma componente “altamente interativa e multimédia”, foi criado no âmbito do projeto “Rota das Fortalezas Abaluartadas da Raia”, a par com os municípios de Almeida, Elvas e Valença.
Este é o segundo de um conjunto de quatro centros de interpretação das fortalezas abaluartadas da raia Portugal-Espanha a ser inaugurado, com o primeiro instalado em Valença.
A obra resulta de uma parceria entre os quatro municípios que têm como objetivo criar um produto de turismo cultural, de âmbito nacional, associado a uma candidatura que está a ser desenvolvida para a classificação como Património da Humanidade, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
O Castelo de Marvão vai desta forma passar a dispor de um centro de interpretação sobre a “história e riqueza dos 1.319 quilómetros” da fronteira luso-espanhola e também dos seus conjuntos de fortificações, distribuídos por Portugal e Espanha, de acordo com o município.
 A Câmara de Marvão recorda ainda que a raia luso-espanhola é a faixa da fronteira “mais antiga e estável” do mundo e “uma das mais fortificadas” da Europa, com “particularidades históricas e culturais únicas”.
A autarquia lembra igualmente que o sistema de defesa criado durante a guerra que opôs Portugal a Espanha (1640-1668) integra “cerca de uma centena” de fortificações do lado português.
 O Centro de Interpretação das Fortalezas Abaluartadas da Raia em Marvão vai estar aberto ao público, a partir de domingo, com um horário de funcionamento similar ao do castelo.
As entradas no castelo têm um custo de 1,50 euros por pessoa.