A Universidade de Évora (UÉ) vai abrir, no próximo ano letivo, uma licenciatura e um mestrado em Inteligência Artificial e Ciência de Dados, numa aposta estratégica para dar resposta à procura, revelou a reitora da academia.
Em declarações à agência Lusa, a reitora da UÉ, Hermínia Vasconcelos Vilar, indicou que a criação dos dois cursos “corresponde a uma oferta estratégica e a um investimento da universidade em termos de recursos humanos e de competências”.
“É, sem sombra de dúvidas, uma área com imenso potencial futuro de desenvolvimento”, disse, salientando que, atualmente, existe “uma procura, em termos de empregabilidade, bastante elevada”.
Considerando que “é uma área transversal a várias outras”, Hermínia Vasconcelos Vilar deu como exemplo o processo de digitalização ou os problemas que a inteligência artificial está a colocar à sociedade atual.
“Isto significa que é algo que nos vai acompanhar nos próximos anos e décadas. Mas, para isso, é preciso capacitar e assegurar formação”, observou.
A reitora assinalou que a licenciatura e o mestrado em Inteligência Artificial e Ciência de Dados estão integrados na candidatura apresentada ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), pelo que estão previstos incentivos para os estudantes.
Questionada se estes são os únicos novos cursos da UÉ para o próximo ano letivo, Hermínia Vasconcelos Vilar respondeu que vai abrir um outro na área da saúde, que “não será medicina ainda”, remetendo para mais tarde a sua divulgação.
Segundo a UÉ, a licenciatura em Inteligência Artificial e Ciência de Dados vai abrir com 20 vagas, através do Concurso Nacional de Acesso, cujas candidaturas estão abertas a partir de dia 24.
Já o mestrado, ao qual podem candidatar-se licenciados em várias áreas, como Informática, Matemática e Estatística e Economia/Gestão, vai ter as candidaturas abertas entre 14 de agosto e 01 de setembro.
Citado num comunicado da UÉ enviado à Lusa, o diretor da Licenciatura em Inteligência Artificial e Ciência de Dados, Vítor Nogueira, considerou que “o plano de estudos é inovador”, pois combina “conhecimentos fulcrais da Ciência dos Computadores com uma formação sólida em Matemática e Estatística”.
“Isso permite dotar os estudantes com competências, não apenas ao nível da análise de um enorme volume de dados (Big Data), mas também da sua utilização eficiente em função de objetivos específicos, quer no apoio à tomada de decisão, quer na produção de novos produtos e serviços”, acrescentou.
Já Luís Rato, diretor do mestrado recém-criado, adiantou que os novos cursos “abrem um grande leque de oportunidades, numa profissão também ela emergente e crescentemente requisitada em todos os setores empresariais, das telecomunicações à indústria têxtil ou automóvel e em laboratórios de investigação”.
“Aqui, formar-se-ão analistas ou cientistas de dados e especialistas em Inteligência Artificial, perfis profissionais altamente qualificados em evidente crescimento na era digital”, referiu.

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