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A transformação de um projecto agrícola dedicado à cultura do arroz em pesca recreativa está a captar entusiastas da modalidade na Herdade da Alfarófia, situada a poucos quilómetros da antiga fronteira do Caia, no concelho de Elvas.
O lago da Alfarófia foi o primeiro lago para a prática de ‘carpfishing’ da Península Ibérica e está considerado entre os 20 melhores lagos de ‘carpfishing’ em toda a Europa, como nos confidenciou João Carlos Claudino, de 61 anos e que é o rosto do empreendimento turístico- -desportivo.
O ‘carpfishing’ é uma modalidade de pesca sem morte que ganhou popularidade em Inglaterra na década de 60. Trata-se de fazer a captura e devolver o animal à água em boas condições sendo obrigatório curar a carpa com anti-séptico antes da devolução ao lago.
A Alfarófia estende-se por seis hectares e o lago da herdade, construído em 1992, tem uma capacidade de 100 mil metros cúbicos de água. Nesse mesmo ano introduziram-se 1.500 carpas e 1.000 achigãs, mas nos primeiros 18 anos nunca se pescou.
As condições de pesca são excelentes pois em torno do lago existem seis pesqueiros VIP, uma estrutura que permite sombra, ar condicionado, frigoríficos, televisão, água potável e fogão, permitindo uma estadia de excelência.
A grande maioria dos clientes são oriundos de Espanha, no entanto, já vieram pescadores de toda a Europa, nomeadamente de Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, Roménia e Croácia.
Relativamente ao público espanhol, a que se deve a maior fatia de procura, só ainda não estiveram presentes vizinhos das regiões da Galiza e Astúrias. A Extremadura e a Andaluzia, pela proximidade, e da zona de Madrid são as principais zonas de origem dos pescadores espanhóis.
Recentemente a campeã do mundo feminina de ‘carpfishing’, a holandesa Bianca Venema, esteve no Lago da Alfarófia para conhecer o projecto.
O recorde de captura de carpa situa-se nos 25 quilos e o barbo o maior tamanho atingiu os 16 kg. Mas porque razão o lago possui ciprinídeos de grande dimensão?
Como nos explica João Carlos Claudino existem quatro razões fundamentais. Uma delas é a renovação constante da água, que entra e sai do lago ao longo de todo o ano, o que permite uma oxigenação óptima. Outra razão prende-se pela enorme população de lagostins do rio que constituem a base de alimentação das carpas. A quantidade abundante de espadanas (plantas) serve de filtro da água ao fixar matérias pesadas e, por outro lado, o lago tem muitos achigãs e luciopercas que controlam a população de carpas pequenas e seus alevins.
A nível ornitológico no lago vivem espécies muito raras que se podem observar com muita facilidade, tal como o Tecedor de Napoleão, o Ibis e o Caimão azul, espécies de uma beleza extrema. Para o efeito foi colocado um posto de observação flutuante para a fotografia dessas mesmas aves e outras.
“Para mim é um orgulho ter desenvolvido este projecto tão bonito na minha cidade e dar o meu contributo em dar a conhecer a cidade de Elvas ao mundo”, frisa João Carlos Claudino.
É com enorme entusiasmo que o gestor do Lago da Alfarófia conta a evolução do projecto.
Com a adaptação do lago à prática de pesca, a pouco e pouco, foi também com alguma lentidão, nos primeiros tempos, que surgiram os primeiros clientes. “Vinha um pescador por semana, dois ou três por mês até que as capturas foram melhorando e as pessoas começaram a aparecer”, explica, acrescentando que o ‘boom’ de visitantes aconteceu com a construção de sanitários e, posteriormente, com o aparecimento do primeiro site.
“Este projecto está numa zona desfavorecida, em pleno Alentejo, numa zona muito bonita e tenho muito orgulho em dizer que está na minha cidade de Elvas. Nasci em Lisboa, vim para Elvas com sete anos e aqui fiz toda a minha vida”, concluiu.

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