As trabalhadoras da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Sor aderiram, ontem, 21 de Dezembro, a mais uma greve convocada pelo CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.
As funcionárias concentraram-se em piquete à entrada da creche da instituição, valência em que se registou a maior adesão a esta luta.
Segundo a União Sindicatos do Norte Alentejano, “as Santas Casas da Misericórdia, designadamente a de Ponte de Sor, recusam cumprir a Lei, nomeadamente no devido pagamento das diuturnidades aos seus trabalhadores, por todo o tempo de serviço na Instituição. É por isso a segunda vez este ano (a primeira foi no dia 9 de Junho) que as trabalhadoras da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Sor aderem à greve convocada pelo CESP, concentrando-se em protesto e denúncia à entrada da creche da instituição.
O CESP denuncia a atitude que as Santas Casas da Misericórdia e a própria União das Misericórdias Portuguesas têm tido desde 28 de Outubro de 2022, aquando da publicação da Portaria que estendeu os direitos dos trabalhadores das IPSS a todos os trabalhadores das Santas Casas de Misericórdia, uma Portaria de Extensão que acabou com a discriminação, igualando as condições de trabalho em todo o sector social. A União das Misericórdias Portuguesas recusa ainda negociar um Contrato Colectivo de Trabalho com o CESP, apesar de o ter feito com outro Sindicato.
Assim, depois de um ano de muita luta e de insistência, os trabalhadores das Santas Casas das Misericórdias estiveram ontem em luta pela negociação de um Contrato Colectivo de Trabalho justo, que melhore as suas condições de trabalho e pelo cumprimento da lei, que prevê o pagamento de diuturnidades e o acréscimo salarial pelo trabalho em dia feriado.