Mais do que estarmos diariamente informados sobre o que está a acontecer no país e no mundo, creio que é, cada vez mais, fundamental avaliar e refletir, criticamente, sobre estes mesmos temas.

Olá, a todos! O meu nome é Pedro Lázaro e sou estudante do 3.º ano da licenciatura em Ciências da Comunicação. A partir de hoje, irei, regularmente, escrever para a coluna de opinião do Linhas de Elvas e, para primeira intervenção, considerei que seria relevante discorrer sobre a valia do pensamento crítico e da liberdade de opinião.

Temos, progressivamente, assistido a vários eventos disruptivos desde conflitos bélicos, a manifestações que alertam para as consequências das alterações climáticas, ao escalar de inflação, à quedado Governo português, entre muitos outros. O mundo está em constante movimento e, por vezes, torna-se difícil acompanhar este imediatismo e, consequentemente, pensar sobre todos estes acontecimentos e tantos outros.

Acredito, por isso, que é essencial não só enunciá-los e descrevê-los, mas, concomitantemente, expô-los de forma opinativa. Outrora, num texto que escrevera no ensino secundário, cujo exercício era escrever algo tendo por base a palavra “letra”, recordo-me de, num dos parágrafos, descrever as palavras, às quais recorremos diariamente para comunicar, como uma espécie de motor de avanço do mundo, dado o seu poder e grandiosidade entre os seres humanos; conjuntos de letras como algo um tanto poderoso, que quando usadas, seja correta ou erradamente, geram, inevitavelmente, resultados.

Assim, verificamos que o “opinar sobre algo”, desde que devidamente fundamentado, pode, efetivamente, ter algum impacto no seio da sociedade, ainda que mitigado. Além disso, é crucial que os argumentos a que recorremos estejam clarificados e sejam objetivos, a fim de evitar interpretações enviesadas ou extrapoladas.

A liberdade de expressão é um direito transversal dentro da nossa comunidade, por isso, considero que é indispensável fazermos bom uso dele, dizendo aquilo que pensamos de forma assertiva e convenientemente fundamentada. Simultaneamente, é imperativo estarmos conscientes de que os outros são, também, abrangidos por este direito e, portanto, podem e devem expressar uma opinião contrária, se assim a tiverem. É, justamente, a este direito universal que Jacques Rancière discorre quando afirma que para haver consenso, numa sociedade democrática, é necessário que exista dissenso, pois só através de várias opiniões é que se pode chegar a uma conclusão una.

Confesso que estou muito expectante acerca desta nova fase e acredito que permitirá que me torne um cidadão ainda mais atento e informado. Aditivamente, espero que, mais do que gostarem daquilo que escrevo, vós, leitores, ruminai sobre os temas que trarei, já que tentarei que os mesmos sejam atuais e pertinentes, proporcionadores de debate.

Carregar mais artigos relacionados
Carregar mais artigos por Redacção
Carregar mais artigos em Destaque Principal

Veja também

Fugitivo “El Ruso” terá sido avistado em Elvas

Um dos prisioneiros em fuga da prisão de Vale de Judeus terá sido avistado durante o dia d…