A greve de 24 horas dos trabalhadores efetivos da fábrica Hutchinson, em Campo Maior, que produz borrachas para a indústria automóvel, contou com uma adesão de 70%, disse fonte sindical.
De acordo com Eduardo Florindo, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE Sul), a greve que teve início às 00:00 de quarta-feira “rondou os 70%” de adesão.
“Nos primeiros dois turnos [a greve] teve uma média de 80%” de adesão, explicou o dirigente, acrescentando que “o último turno que começou às 14:00 de hoje também teve uma forte adesão” por parte dos trabalhadores.
“Podemos dizer que no geral a adesão dos trabalhadores destes três turnos deve andar à volta dos 70%. É uma boa adesão e não nos podemos esquecer que, em 24 anos de existência da empresa, é a primeira greve que estes trabalhadores fazem”, afirmou.

O dirigente esclareceu que estes números abrangem apenas “os trabalhadores efetivos” da unidade fabril que conta também com “trabalhadores contratados” e de “trabalho temporário”.
Nesta fábrica, segundo o dirigente sindical, há cerca de 525 trabalhadores efetivos, mais cerca de 200 em regime de trabalho temporário.
À Lusa, o sindicalista afiançou que a paralisação de 24 horas afetou a produção desta unidade fabril.
Na noite de quarta-feira “a produção quase não funcionou e, no turno desta manhã, que tem muitos trabalhadores temporários, também houve algumas áreas que não produziram o que é normal e outras que estiveram paradas”.
“No turno desta tarde também há produção que está limitada, retomando os trabalhadores o seu horário normal a partir das 22:00 de hoje”, adiantou.
Os trabalhadores reivindicam o aumento salarial, a atualização do subsídio de refeição, aplicação de diuturnidades, pagamento das horas efetuadas aos sábados e dias feriados como trabalho suplementar e a atribuição do dia de aniversário.
Perante a adesão à paralisação, o dirigente sindical disse esperar “que a direção da empresa oiça e analise bem estes resultados” e “dê as respostas que os trabalhadores querem às suas justas reivindicações”.
Ainda segundo Eduardo Florindo, os trabalhadores que se concentraram à entrada da empresa, no início de cada turno, decidiram que o SITE-Sul deve avançar com novos plenários, este mês, “para voltarem à luta com mais intensidade”.
“Não houve [da administração] qualquer tentativa de diálogo e, antes da greve, o sindicato esteve disponível para reunir com a empresa para encontrar uma solução, mas não deu qualquer resposta”, frisou.

Hutchinson realça que tem aplicado aumentos salariais acima da inflação

A direção da Hutchinson disse hoje, na sequência da greve que termina hoje na fábrica de Campo Maior (Portalegre), que os trabalhadores têm tido nos últimos anos atualizações salariais superiores à inflação.
“As atualizações salariais concretizadas ao longo dos anos em Campo Maior têm sido sempre superiores à inflação e, no presente ano de 2024 correspondem, para as categorias profissionais mais representativas, a um ganho superior a 8% face à remuneração de 2023, ou seja, muito acima da inflação média de 2023 que se situa em 4,3%”, pode ler-se num comunicado divulgado ao final da tarde.
O comunicado da empresa surge no dia em que os trabalhadores cumprem uma greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE Sul) para exigir aumentos salariais, entre outras reivindicações.
A organização sindical disse à Lusa que a adesão à greve ronda os 70%, enquanto a empresa não indica dados sobre a paralisação.
A Hutchinson fabrica peças moldadas em borracha desde 1999 e, segundo destaca, “ao longo dos últimos 25 anos, tem investido no desenvolvimento da fábrica, criando muitos postos de trabalho diretos”.
A empresa emprega 556 trabalhadores permanentes, dos quais 70 foram recrutados em 2023, refere a Hutchinson, de origem francesa e que em Portugal tem três fábricas (em Campo Maior, em Portalegre e em Valongo).
Segundo disse esta tarde à Lusa Eduardo Florindo, dirigente do SITE Sul, a greve que teve início às 00:00 de quarta-feira “ronda os 70%” de adesão.
“Nos primeiros dois turnos [a greve] teve uma média de 80%” de adesão, explicou o dirigente, acrescentando que “o último turno que começou às 14:00 de hoje também teve uma forte adesão” por parte dos trabalhadores.
“Podemos dizer que no geral a adesão dos trabalhadores destes três turnos deve andar à volta dos 70%. É uma boa adesão e não nos podemos esquecer que, em 24 anos de existência da empresa, é a primeira greve que estes trabalhadores fazem”, afirmou.
Os trabalhadores reivindicam o aumento salarial, a atualização do subsídio de refeição, aplicação de diuturnidades, pagamento das horas efetuadas aos sábados e dias feriados como trabalho suplementar e a atribuição do dia de aniversário.

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