A fase de audiência prévia do concurso público internacional para a construção da rede de infraestruturas primárias da Barragem do Pisão, no concelho de Crato, termina hoje, segundo os promotores.
Fonte da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), responsável pela execução do projeto, disse à agência Lusa que, após este processo, a empreitada, no valor aproximado de 71,7 milhões de euros, já pode ser adjudicada.
A obra, admitiu a mesma fonte, deverá ser adjudicada na próxima terça-feira, numa reunião ordinária do conselho intermunicipal da CIMAA, em Avis.
O Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (EAHFM) do Crato, também conhecido por Barragem do Pisão, vai inundar uma área de 726 hectares e contará com uma altura máxima de 54 metros, de acordo com informações constantes da página de Internet dedicada ao projeto, consultada hoje pela Lusa.
A capacidade de armazenamento da albufeira, que prevê um investimento de 141 milhões de euros inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vai ser de 118,2 hectómetros cúbicos, pode ler-se no mesmo ‘site’.
A rede de rega vai abranger 5. 494 hectares, distribuídos por três blocos de rega: Crato (654 hectares), Alter do Chão (3.145 hectares) e o de Fronteira e Avis (1. 695 hectares).
Na passada sexta-feira, a Agência Portuguesa do Ambiente deferiu a Declaração de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (DCAPE) da central fotovoltaica da Barragem do Pisão.
Esta componente do projeto prevê uma central fotovoltaica terrestre com 77 Megawatts-pico (MWp), numa primeira fase, e mais 51 MWp, na segunda fase, assim como uma central fotovoltaica flutuante, com 10 MWp.
O total de energia verde produzida será de “138 Mwp”, no conjunto das duas valências, disse a CIMAA em comunicado, realçando que esta produção energética vai permitir suprimir “mais de 50% das necessidades de consumo energético do Alto Alentejo”.
“A partir deste momento, todas as componentes deste projeto estão em conformidade ambiental”, segundo a comunidade intermunicipal.
De acordo com a CIMAA, a construção das centrais fotovoltaicas envolve um investimento total superior a 132 milhões de euros, verba que não está inscrita no PRR.
A central fotovoltaica terrestre, num investimento que ultrapassa os 124,6 milhões de euros, vai ser suportada por privados que estejam interessados na exploração deste setor, enquanto a central flutuante, orçada em mais de 7,6 milhões de euros, será da responsabilidade da CIMAA.
Em relação ao abastecimento de água, na página de Internet dedicada ao projeto, é referido que a ligação à estação de Póvoa e Meadas, em Castelo de Vide, conta com 3,3 hectómetros cúbicos (hm3) destinados ao abastecimento de água e 25 quilómetros de condutas elevatórias.
Segundo o cronograma submetido pela CIMAA à Comissão Europeia, as obras de construção da barragem deverão estar terminadas no final de 2026.
A albufeira vai surgir numa área de 10.000 hectares, ficando submersa a aldeia de Pisão, que atualmente conta com cerca de 70 moradores e 110 casas.
Em resposta a perguntas da Lusa, por correio eletrónico, o presidente da CIMAA, Hugo Hilário, explicou que os proprietários dos prédios rústicos “já foram todos notificados” e, “por estes dias”, a CIMAA entrará na fase de conclusão do processo da Declaração de Utilidade Pública (DUP) dos terrenos.
A albufeira, uma reivindicação histórica da região, vai também garantir o abastecimento às populações dos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Fronteira, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel, num total de cerca de 55.000 pessoas.
HYT // RRL
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