Na Cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que agora (dias 5 a 7) decorreu em Pequim, foi aprovado um novo plano para a modernização das duas regiões.

A cooperação económica e comercial China-África constitui a pedra angular da colaboração bilateral, definida na 8ª Conferência de Empresários Chineses e Africanos que decorreu em Pequim, em paralelo com esta Cimeira da FOCAC e com a participação de representantes de 48 países africanos

Na cerimónia de abertura da conferência, o Primeiro-Ministro chinês, Li Qiang, defendeu que a China e a África devem reforçar ainda mais o alinhamento dos mercados, promover a integração industrial e impulsionar o desenvolvimento através da inovação.

Os empresários chineses e africanos presentes no evento debateram formas para aprofundamento da cooperação e a procura de mais benefícios recíprocos.

Recorde-se que a China tem sido o maior parceiro comercial da África nos últimos 15 anos. Desde 2013, a China participou na construção de mais de 6 mil quilómetros de linhas férreas e de mais de 6 mil quilómetros de autoestradas no continente africano. O valor comercial bilateral de 2023 aumentou quase 35% em comparação com o de 2013.

As oportunidades vêm de uma maior integração da cadeia industrial e da cadeia de suprimentos, o que constitui a base da cooperação económica e comercial. A China possui a cadeia industrial mais completa do mundo e a África é o continente que conta com mais países em desenvolvimento no mundo. Neste aspecto, os dois lados têm uma forte complementaridade.

As energias renováveis são outra área em que a China e a África têm um amplo potencial de cooperação. Os veículos elétricos, os painéis solares e equipamentos de energia eólica da China ajudam muito o desenvolvimento verde do continente africano. Na Cimeira de Pequim do FOCAC, a parte chinesa anunciou que vai construir mais 30 projetos de energias renováveis em África.

Além disso, e perante o aumento do protecionismo, as duas partes manifestaram o propósito de ver ampliada a abertura. De realçar que a China anunciou ter decidido conceder o tratamento de taxa zero para 100% dos produtos dos países menos desenvolvidos que têm relações diplomáticas com a China, entre os quais estão 33 nações africanas.

Desta forma, o enorme mercado da China será promovido como uma grande oportunidade para África e promoverá a construção de uma economia mundial mais aberta.

Publicidade: Centro de programas de línguas da Europa e América Latina da China

Carregar mais artigos relacionados
Carregar mais artigos por Ana Maria Santos
Carregar mais artigos em Actual

Veja também

A “guerra dos direitos humanos”

Segundo dirigentes chineses, “as sanções unilaterais contra a China impostas pelos Estados…