Hoje, quando a noite cair, as luzes se acenderem e o Natal começar a ser celebrado, vai haver oito efetivos dos Bombeiros Voluntários de Elvas sentados a uma mesa colocada na recém estreada “Sala do Bombeiro”. Estes homens e mulheres, vão estar fardados, prontos a sair para o frio da noite, em auxílio de quem necessitar de ajuda. Se não houver ocorrências, os oito bombeiros vão celebrar tranquilamente o Natal rodeados das famílias, que irão acompanhá-los no quartel. A comida que vai estar na mesa é servida pela instituição. Mas como ninguém gosta de ir de mãos a abanar, cada agregado leva de casa as especialidades que costumam apreciar na época, para saborear e partilhar.
A bem de todos, o ideal é que os Bombeiros façam a festa sem interrupções, mas o mais provável é terem que sair.
Paulo Moreiras, Comandante dos Bombeiros Voluntários de Elvas, tem tudo preparado para dar uma resposta rápida e eficaz em caso de emergência. “Este Natal vai ser mais reforçado que nos anos anteriores, fruto do dispositivo de contingência que o Instituto Nacional de Emergência Médica criou no dia 1 de Dezembro, que fez com que passássemos a contar com mais uma ambulância de emergência médica”, começa por dizer, satisfeito e tranquilo por ter uma capacidade de atuação aumentada. “Neste momento tenho à resposta imediata, 24 sobre 24 horas, três ambulâncias de emergência médica, mais as equipas que estão disponíveis no dia-a-dia, a equipa de intervenção permanente, elemento de comando e mais tudo aquilo que pode ser acionado em caso de emergência”. É com estes meios que contam os oito efetivos que vão estar hoje de prevenção. Mas a capacidade de resposta é bastante superior, já que, se for necessário, “conseguimos rapidamente mobilizar mais dez a 15 homens para atender uma situação mais complexa”.
O desenrolar da noite dirá qual o número concerto de pessoas e meios que vão ser necessários. Sem possibilidade de antever o que se vai passar, Paulo Moreiras sabe de antemão quais são os grandes perigos. A experiência diz-lhe que a maioria da ocorrências se registam na estrada. “Nesta altura do ano, o primeiro alerta é sempre para as pessoas que têm que se deslocar para junto dos familiares”. Logo a seguir é tudo o que se passa dentro de casa, “nomeadamente com o aquecimento das residências”.
Os alertas são baseados nas estatísticas. E é a memória de anos anteriores que o orienta nos conselhos que quer deixar. “Para quem for viajar a recomendação é que conduzam com cuidado e com atenção ao estado da via. Prevê-se que esta época festiva seja seca, sem chuvas, mas com temperaturas bastante baixas.
Logo a seguir a isso, e até porque temos registo de algumas situações menos boas no que diz respeito às braseiras e ao conforto térmico dentro das habitações, há a tendência de carregar mais nas lareiras para obtenção de um ambiente ainda mais quente e mais aconchegado, porque costuma haver mais pessoas em casa. Isso levanta riscos acrescidos, como intoxicações de monóxido de carbono, as chaminés que começam a arder porque a carga térmica que é colocada lá dentro faz com que a fuligem acumulada ao longo dos anos comece a arder. Estamos também em plena época de incêndios em contentores de lixo”, salienta o comandante” que pede alguns cuidados. “É algo que nos traz preocupações acrescidas, porque além de todo o património público que aparece danificado, temos que mobilizar meios para apagar os incêndios em contentores de lixo. Peço especial atenção às pessoas para não colocarem de imediato as cinzas nos contentores. Aguardem algumas horas, ou até dias para terem a certeza de estarem apagadas. Se tiverem junto às suas casas a possibilidade de colocarem as cinzas num ambiente natural, trata-se de matéria biodegradável, não fazem mal ao ambiente. É preferível colocá-las em terrenos do que depositá-las em contentores de lixo, com todos os problemas que podem causar”.
