A Associação Empresarial de Elvas (AEE) informou, através de um comunicado enviado para a comunicação social, que acolhe “positivamente a decisão de eliminar as portagens nas antigas SCUT, considerando-a uma medida essencial para promover a mobilidade e aliviar os custos de transporte para cidadãos e empresas em diversas regiões do país”.
Contudo, a associação também manifestou o seu profundo “desagrado” e “repúdio” em relação ao aumento das portagens na A6, uma decisão que consideram “injusta” porque “penaliza de forma desproporcional os empresários e a economia do Alto Alentejo e do Alentejo Central”.
Na opinião da entidade este aumento constitui “um ataque directo à igualdade entre regiões, contradizendo o objectivo de promover condições justas de mobilidade para todos”.
O Alentejo, “região estratégica para o crescimento nacional, não pode continuar a ser tratado como uma “área secundária”. Esta medida, ao aumentar os custos de transporte, “reduz significativamente a competitividade das empresas locais, limita o acesso ao turismo, e prejudica gravemente o desenvolvimento económico da região”, pode ler-se no comunicado.
A AEE exige “uma política de portagens mais justa e equilibrada, que trate todas as regiões do país com equidade”. Não é aceitável que o Alentejo continue a ser “sistematicamente penalizado”.
Nesse sentido, a associação defende a “implementação de medidas de discriminação positiva para os cidadãos e empresários das regiões do interior, como descontos ou isenções nas portagens”
Tais medidas “permitiriam alcançar uma maior equidade em relação a outras regiões do país, promovendo condições mais justas para os empresários e cidadãos do Alentejo. Como exemplo, cidadãos e empresários da raia poderiam ser incentivados a investir em Portugal em vez de optar por Espanha, onde não existem portagens para além da fronteira. Esta política de discriminação positiva seria uma ferramenta crucial para atrair investimento, impulsionar o desenvolvimento regional e reforçar a coesão territorial”.
A AEE reafirma assim “o seu compromisso com uma política de mobilidade que valorize todas as regiões de forma justa e equilibrada, promovendo o crescimento económico e a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos e empresas do país”, concluem.
