A Câmara Municipal de Elvas, através de um comunicado dirigido ao jornal “Linhas de Elvas”, manifesta a sua “oposição à decisão do Governo de não isentar a Autoestrada 6 (A6) do pagamento de portagens. A presente moção tem como objetivo reivindicar a isenção das mesmas, em nome da justiça territorial e do desenvolvimento económico e social da nossa região”.
Na opinião da autarquia elvense ” a A6 constitui uma infraestrutura fundamental para o interior do país, sendo um dos principais eixos de ligação entre Portugal e Espanha. Esta via é utilizada diariamente por milhares de cidadãos, incluindo trabalhadores, estudantes e empresários, que necessitam de se deslocar com frequência entre diferentes localidades, dentro e fora do território nacional”.
O município refere ainda que “o Governo tem vindo a implementar medidas de discriminação positiva para regiões do interior, com o objetivo de combater a desertificação e promover a coesão territorial. No entanto, a manutenção das portagens na A6 contraria este princípio, prejudicando gravemente a mobilidade da população, o desenvolvimento económico e a atratividade da região para investimento e turismo”
Face ao exposto, o Município de Elvas delibera:
“Expressar publicamente a sua discordância com a decisão governamental de
manter a cobrança de portagens na A6;
Exigir ao Governo a isenção de portagens nesta via, considerando a sua
importância estratégica para a região e para o país;
Solicitar ao Governo que reveja a sua política de portagens nas autoestradas
do interior, adotando medidas que favoreçam a mobilidade e o
desenvolvimento das populações mais afetadas.
MOÇÃO
Contra a decisão do Governo de manter a cobrança de portagens na Autoestrada 6 (A6)
Remeter a presente moção ao Primeiro-Ministro, ao Ministério das
Infraestruturas, à Assembleia da República, aos grupos parlamentares e às
entidades representativas do interior do país”.
O Município de Elvas pretende ainda “defender os interesses da sua população e apela ao Governo para que adote medidas concretas no sentido da coesão territorial e do desenvolvimento sustentável do interior do país”.
