A Universidade de Évora (UÉ) vai começar na próxima semana a realizar testes à covid-19, até uma estimativa de 300 por dia, para apoiar o hospital e os lares de idosos da região.“Estamos a montar o laboratório”, instalado “no Laboratório de Virologia Vegetal e que foi adaptado para este fim”, no Polo da Mitra, revelou hoje à agência Lusa António Candeias, vice-reitor da UÉ para a Investigação e Desenvolvimento.O responsável destacou que, “se tudo correr bem, a partir desta quinta-feira” a universidade começa “a fazer análises para validação com o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).“Estamos a operacionalizar toda a cadeia e vamos fazer os testes. Na próxima semana, já estaremos operacionais e poderemos começar a realizar os testes à covid-19” destacou à Lusa o vice-reitor.A UÉ divulgou hoje, em comunicado, que vai realizar testes à doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), em coordenação com o HESE e a Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA), para “contribuir para o aumento da capacidade de resposta do Sistema Nacional de Saúde”.“Estima-se a realização de até 300 testes por dia para apoiar o HESE e instituições de apoio a idosos da região”, é referido no comunicado.O vice-reitor António Candeias frisou à Lusa que, no início da operação, a UÉ, “pelo menos nas primeiras duas semanas”, só irá “conseguir fazer 50 testes por dia”.“Depois, passaremos aos 300 testes diários”, disse, vincando que a ideia é, “precisamente, dar apoio ao HESE e à ARSA no que necessitarem, mas, essencialmente, poder cobrir a parte dos lares de idosos”.Várias unidades de investigação da UÉ estão envolvidas na operação, como a Escola de Enfermagem São João de Deus, que irá efectuar a recolha das amostras, segundo a academia.As amostras a testar, nas instalações do Laboratório de Virologia Vegetal do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED), vão chegar já com as partículas virais inactivadas.“A equipa da UÉ trabalhará com o material genético, minimizando assim a manipulação das partículas virais activas e evitando riscos de contaminação”, salientou.“A extracção do RNA (RiboNucleic Acid, em inglês, isto é, ácido ribonucleico) viral será efectuada com recurso a ‘kits’ de extracção manual e automática e a identificação será realizada por PCR (Polymerase Chain Reaction, em inglês, ou seja, Reacção em Cadeia da Polimerase) em tempo real com recurso às metodologias propostas pelo Instituto de Medicina Molecular (IMM) e validadas pelo INSA”, explicou a UÉ.“O vírus é inactivado e é extraído o ácido ribonucleico. Os dois equipamentos PCR que temos são os que permitem, com sondas específicas, identificar o vírus”, precisou António Candeias.Maria Rosário Félix, investigadora responsável do Laboratório de Virologia Vegetal, considerou que a UÉ “dispõe de recursos humanos altamente qualificados” para realizar estes testes, assentes numa “metodologia de Biologia Molecular transversal a várias áreas científicas”.A professora sublinhou ainda que o laboratório que dirige “está dotado de muito do equipamento necessário à realização dos testes” e salientou que o equipamento adicional necessário, orçado em 40 mil euros, vai ser suportado com o mecenato científico de uma instituição bancária.O Governo iniciou, no final de Março, testes de despiste da covid-19 nos lares de idosos nos concelhos de Lisboa, Aveiro, Évora e Guarda, numa operação que se vai estender depois ao resto do país, lembrou a UÉ.
RRL // MLMLusa
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