Viajar na CP em 2025 é como recuar no tempo
Viajar na CP em 2025 é como recuar no tempo
Ricardo Araújo Pereira apareceu à porta do tribunal com a sobrancelha arqueada e a arrogância habitual de quem está convencido de que o país lhe deve uma vénia por cada trocadilho.
Tive algumas reticências relativamente à escolha do título, porque a última coisa que quero é soar como determinados partidos e tornar este tema o centro da agenda política. No entanto, corrupção tem sido a palavra de ordem, no debate político, nos últimos anos e, mais recentemente, no governo espanhol, após os desenvolvimentos no caso Koldo e no caso Ábalos.
Esqueci-me de tudo e não me lembro de nada. Mas também não o quero.
Não é por acaso que, no título deste artigo, invoco palavras (ainda que não de forma literal) de duas das figuras mais relevantes para a instauração da democracia em Portugal: José Afonso, cantor e compositor português, e Salgueiro Maia, militar português e “capitão de abril”.
Começo a denotar um certo padrão nas segundas-feiras. Não só costumam ser o dia mais triste para o mais comum dos mortais, sendo agora também caracterizada por momentos que abalam o país e o mundo. Ontem, segunda-feira, dia 28 de abril de 2025, a Península Ibérica foi abalada por um apagão massivo que deixou Portugal e Espanha “às escuras” por umas quantas horas. E, já na segunda-feira passada, o país e o mundo receberam a notícia da morte do chefe da Igreja Católica desde 2013, o Papa Francisco. Oxalá, dia 5 de maio não reserve nenhum fenómeno imensamente impactante.
Confesso que nunca havia identificado mais bela coincidência que esta: a de ontem ter-se celebrado o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor e amanhã assinalar-se o 51.º aniversário da conquista da democracia em Portugal.
Barbacena despediu-se de Manuel Joaquim Carvalho Catalão. Terminou aos 81 anos o percurso de vida de um homem que foi figura de referência ao longo das últimas décadas naquela freguesia rural de Elvas.
É elvense o primeiro Doutor Honoris Causa por um Politécnico nacional. A escolha recaiu sobre António Cachola e a distinção honorífica, atribuída pelo Instituto Politécnico de Portalegre, foi oficializada em cerimónia realizada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão.
Na altura em que escrevo este texto faltam escassas horas para a estreia na TVI da novela “A Protegida”. Não posso, por isso, tecer qualquer juízo de valor em relação ao produto televisivo que agora chega a casa dos telespectadores nos serões dos cinco dias úteis da semana.