Segundo Raúl de Sousa e Vera Carneiro, membros da direção da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), a partir das suas contribuições para uma recente investigação[i], “Muitas causas de deficiência visual podem ser evitadas ou tratadas. O crescimento exponencial e o envelhecimento da população a nível mundial têm levado a um número crescente de pessoas com deficiência visual moderada ou grave. Esta tendência levou a OMS e a IAPB a criar uma iniciativa, em 1999, chamada VISION 2020: the Right to Sight, com o objetivo de combater a cegueira evitável. Vários estudos já vieram demonstrar que as cataratas e os erros refrativos não compensados foram responsáveis pela maioria das deficiências moderadas ou graves da visão, algo preocupante, uma vez que o número de casos continua a aumentar com o tempo, o que pode e deve ser evitado.”
Ainda de acordo com a colaboração de Raúl Alberto Sousa, para uma investigação em parceria [ii] com o Vision Loss Expert Group (VLEG), “Existem estimativas globais, nacionais e regionais de deficiências visuais moderadas ou graves, de 1990 a 2015. Estas estimativas demonstraram uma diminuição geral na prevalência padronizada da visão, por idade, como também um aumento no total de pessoas com perda de visão. Em colaboração com o VLEG, o Global Burden of Disease Study (GBD) produziu atualizações anuais para estimativas de deficiência visual, onde se previa que 43,2 milhões de pessoas sofressem de perda de visão, em 2020. Estes estudos são únicos no fornecimento de estimativas granulares específicas por sexo, idade e país, como também avalia tendências temporais a nível ocular até 2050, onde se prevê que 895,5 milhões de pessoas sofram de perda de visão.”