Uma aplicação para facilitar o acesso e a atualização do inventário de património artístico da Arquidiocese de Évora vai ser disponibilizada na próxima semana.
Denominada “Inwebparoquias”, a aplicação vai permitir aos responsáveis pelos acervos paroquiais de 24 concelhos dos distritos de Évora, Portalegre, Setúbal e Santarém registar todas as alterações verificadas nas coleções de arte sacra do seu concelho, desde a data da sua inventariação.
As alterações que poderão ser registadas através da aplicação incluem, por exemplo, os empréstimos para exposição ou a necessidade de intervenções de conservação e restauro, permitindo a atualização permanente desta informação.
O inventário artístico da Arquidiocese de Évora é um projeto desenvolvido com o apoio da Fundação Eugénio de Almeida e constitui “uma ferramenta tecnológica de conhecimento, fundamental no âmbito da preservação e divulgação do património nacional”, refere uma nota enviada à agência Lusa pela instituição.
Trata-se de “uma base de dados de dados de acesso público com informação sobre milhares de peças de arte sacra, documentos de arquivo e livro antigo que constituem os bens religiosos da diocese” que será disponibilizada no sítio de internet www.inventarioevera.com.pt, a apresentar em 17 de dezembro.
“Considerado pioneiro em Portugal”, o inventário artístico da Arquidiocese de Évora disponibiliza os resultados da sua execução numa plataforma digital “acessível a um universo abrangente de públicos” e permite a “gestão continuada e a sua dinamização através da investigação académica e do tratamento permanente da informação história, artística, sociológica e religiosa dos acervos catalogados”.
“Ninguém estima e cuida aquilo que não conhece. Só através do conhecimento preciso do património que se possui é possível olhá-lo e compreendê-lo com outros olhos, outro espírito e preocuparmo-nos com a sua conservação e dinamização”, referiu o presidente da Fundação Eugénio de Almeida, Francisco Senra Coelho.
A expectativa da instituição é, segundo o Arcebispo de Évora, que preside à fundação, “contribuir para a dinamização cultural da região e do país”, assim como “satisfazer o interesse do grande público em conhecer um património riquíssimo que é pertença de todos”.
“O património inventariado tem, ao longo dos séculos, testemunhado a simbiose entre a fé, tradição e cultura de uma comunidade e país”, frisou Senra Coelho.
O inventário artístico da Arquidiocese de Évora foi realizado por uma equipa multidisciplinar de técnicos com formação em história e história da arte e ciências documentais, coordenada por Artur Goulart de Melo Borges.
Compreendeu um levantamento exaustivo de objetos de grade valor histórico artístico e religioso como pinturas, esculturas, alfaias litúrgicas, paramentos, instrumentos musicais, ourivesaria, património integrado, documentos de arquivo e livros antigos nos 24 concelhos que perfazem a Arquidiocese de Évora.
Concluído em 2016, o inventário permitiu catalogar aproximadamente 60 mil itens que correspondem aos acervos de 158 paróquias que abrangem, no todo ou em parte, os distritos de Évora, Portalegre, Santarém e Setúbal.

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