O Movimento Chão Nosso denunciou hoje que “muitos” caminhos rurais estão a ser destruídos e inutilizados devido a trabalhos agrícolas no Alentejo, frisando tratar-se de “mais uma grave consequência” da instalação de culturas intensivas na região.
“Muitos caminhos rurais que atravessam explorações agrícolas em modo intensivo encontram-se, por estes dias, completamente inutilizáveis, devido à presença constante de maquinaria pesada”, refere o movimento, num comunicado enviado à agência Lusa.
Tal cria “sérios constrangimentos ou mesmo o total impedimento ao uso” dos caminhos “por parte das populações que habitam em meio rural”, as quais, “deste modo, ficam ainda mais prejudicadas”, lamenta.
“São necessárias medidas urgentes para pôr travão a estas situações”, defende, exigindo “a reposição e a conservação” dos caminhos afetados, os quais, “por vezes, são a única forma de aceder a algumas habitações ou sítios de interesse”.
A título de “exemplo” do que “se passa por todo o território do Alentejo”, o movimento aponta o caso de destruição e inutilização de um caminho rural perto da aldeia de Penedo Gordo e do sítio arqueológico visitável da “villa” romana de Pisões, no concelho de Beja.
Este caso “ainda revela outras consequências”, ou seja, nesta altura do ano, “é praticamente impossível aceder” ao sítio arqueológico, “criando sérias dificuldades a quem o pretenda visitar”.
O movimento conta que membros seus estiveram no local e também puderam “observar a realização de pulverizações em terrenos ocupados com uma cultura de amendoal, sem qualquer aviso prévio, mesmo junto à vedação” da “villa” romana de Pisões, “tornando impossível a permanência no sítio”.
Contactado pela Lusa, o vice-presidente da Câmara de Beja, Luís Miranda, disse que os serviços do município vão “analisar a situação” do caminho rural situado no concelho denunciada pelo movimento.
O Movimento Chão Nosso foi criado “em defesa da cultura, património e biodiversidade do Alentejo”, por um conjunto de residentes na região preocupados com as alterações surgidas nas últimas décadas na paisagem, devido à agricultura intensiva.
-
Viticultores do Alentejo com quebra média de produção de 30%
Os viticultores do Alentejo registam a quebra média de 30% da produção de uva, em alguns c… -
Maria José Rijo – Uma Vida dedicada à Cultura, Música e Artesanato do Alentejo
Falar de Maria José Travêlho Rijo é falar de uma mulher que marcou e continua a marcar ind… -
Campo Maior: CIC Alentejo recebeu visitas da CIMAA e do IPP
Nos dias 1 e 2 de Setembro, o Centro de Inteligência Competitiva do Alentejo (CIC Alentejo…
Carregar mais artigos relacionados
-
Intenção de criar zona logística na Herdade da Comenda já foi por água abaixo
A viabilidade de estabelecer uma zona industrial na Herdade da Comenda, em Elvas, para apo… -
Elvas: IMI volta a ser cobrado no Centro Histórico
O Governo terminou com a isenção automática de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de to… -
Feira de Maio dura até 19 de Maio e conta com novidades
A Feira de Maio, em Elvas, decorre até domingo, 19 de Maio, no Parque da Piedade, e este a…
Carregar mais artigos por Pedro Trindade Sena
-
Elvas: Homem de 75 anos é encontrado sem vida dentro de veículo na Avenida da Piedade
Um homem de 75 anos foi encontrado, na manhã desta segunda-feira, dia 15 de Setembro, sem … -
Fronteira dá as boas-vindas aos novos professores e funcionários
Como forma de dar as boas-vindas aos professores e auxiliares no início de mais um ano let… -
Desporto: Dupla de Ponte de Sor participou no Campeonato do Mundo de Pesca embarcada ao Achigã
Fábio Alves e Paulo Mão de Ferro, do Grupo Desportivo Matuzarense, em representação da sel…
Carregar mais artigos em Destaque Principal
Veja também
Intenção de criar zona logística na Herdade da Comenda já foi por água abaixo
A viabilidade de estabelecer uma zona industrial na Herdade da Comenda, em Elvas, para apo…