Um grupo de cidadãos de Badajoz, em Espanha, constituiu uma comissão para concretizar a ideia de erguer uma escultura de homenagem ao alcaide Miguel Celdrán, que faleceu no mês passado.
A escultura ficará localizada na rua pedonal junto ao edifício do “El Corte Inglés” e a Avenida Villanueva, uma zona considerada “ideal” uma vez que o autarca residiu durante décadas nas imediações.
O objectivo desta acção de cariz popular, que será suportada essencialmente por donativos, é perpetuar a memória e render homenagem a Miguel Celdrán pelo trabalho que desenvolveu ao longo de 18 anos no Ayuntamiento de Badajoz.
“Era muito popular e tinha ganho simpatia em amplas camadas sociais da cidade. A iniciativa recebeu uma recepção favorável e conta já com numerosas adesões e doações”, revelou o movimento colectivo.
Para a realização do projecto foi criada uma comissão que começou a dar os primeiros passos. A primeira delas foi pedir apoio pessoal e institucional ao actual presidente do município de Badajoz e aos porta-vozes dos diferentes grupos políticos do Ayuntamiento.
Esta comissão, chefiada por Pedro Rubio, é composta por Jesús Muñoz, Francisco G. Zurrón, Joaquín Timón, Antonio Ávila e Julián Leal.
O grupo vinca ainda outros detalhes do projecto, sublinhando que o mesmo “será constituído por uma figura escultórica do antigo presidente da Câmara, de tamanho um pouco maior da escala real e em pose natural”.
A amizade próxima que Miguel Celdrán mantinha com o escultor Luis Martínez Giraldo, autor de grande renome com várias obras na cidade, fez com que o artista concretize o trabalho “de forma altruísta”. A materialização da obra não será mais do que os custos da transformação da peça em bronze, o transporte e a colocação da escultura no local.
“O montante será pago com as contribuições e apenas os custos decorrentes da pequena obra civil recairiam sobre a Câmara Municipal”, pode ler-se no comunicado enviado ao jornal Linhas de Elvas.
A comissão diz ainda que pretende “tornar o monumento simples, sem ornamentos adicionais e localizado praticamente ao nível da rua e das pessoas. Os membros da comissão acreditam que “Miguel não gostaria de se ver num pedestal. Ele era um homem muito simples e adorava dizer olá e conversar”, referem. Para o grupo, Celdrán era “o autarca mais amado da cidade e aquele que mais fez por ela, porque queria a sua cidade com verdadeira paixão”.