O número de touradas mais do que duplicou este ano em relação a 2020, passando de 48 para 121 espectáculos, apesar de a pandemia de Covid-19 ter continuado a condicionar a actividade, divulgou a Federação Portuguesa de Tauromaquia (ProToiro).
Num comunicado enviado à agência Lusa, a ProToiro indica também que o público quase duplicou, passando de 93.400 espectadores em 2020 (ano em que a pandemia começou afectar a actividade) para 182.600 este ano.
“Estes resultados só foram possíveis perante a contribuição de todos os artistas e intervenientes, que se adaptaram a esta situação crítica, reduzindo cachets, permitindo a actividade do sector e o acesso dos portugueses à cultura tauromáquica”, pode ler-se na nota.
A ProToiro recorda também que a temporada tauromáquica este ano “continuou a ser profundamente marcada pela pandemia” de Covid-19, com “fortes restrições” à sua actividade.
“As touradas só se puderam iniciar em Maio, ao invés de Fevereiro, mas sob fortes restrições de lotação e a conta-gotas. O grosso da actividade foi retomada em Agosto, mantendo as lotações reduzidas, as lotações a 100% só foram possíveis em Outubro, pouco antes do fim da temporada taurina em 13 de Novembro”, recorda.
Segundo a Federação Portuguesa de Tauromaquia, perante as restrições, o “enorme crescimento” de espectáculos e espectadores é o dado “mais assinalável”, mostrando a “grande resiliência e vitalidade” deste sector face a uma das situações “mais críticas” da história do sector cultural.
Citado no comunicado, o presidente da ProToiro, João Santos Andrade, considera que este ano se caracterizou “por ser um reinício”, depois de em 2020 o sector ter sido “brutalmente afectado” pela pandemia de Covid-19, com “prejuízos avultadíssimos” para os profissionais desta área.
“Apesar de uma temporada praticamente reduzida a três meses, toureiros, forcados, ganadeiros, empresários e, principalmente, aficionados disseram ‘presente’, mostrando assim o vigor da tauromaquia. Esperamos que o pior já tenha passado e que o próximo ano seja de retoma da normalidade”, acrescentou.
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Lusa