A Associação de Estudantes da Escola Secundária de São Lourenço, em Portalegre, convocou “todos” os alunos para a greve geral do próximo dia 24 de Março, pelas 10,10h, com o intuito de “reivindicar a urgência de obras” no estabelecimento de ensino, que, “apesar de ter sido renovado entre 2008 e 2009, as condições físicas actuais colocam, diariamente, a segurança da comunidade escolar em perigo”.

De acordo com a Associação de Estudantes, liderada por João Vicente Portalete, “ao longo destes 13 anos, tanto as ‘intervenções pontuais de reparação’ como as ‘intervenções programadas de conservação e manutenção’ têm sido sucessivamente adiadas e/ou canceladas, levando a constantes e insistentes queixas por parte de toda a comunidade escolar”.

“Ano após ano, vemos, na nossa escola, portas partidas, bolor, humidade, baldes e panos que amparam águas, por toda a instituição. A situação escala de uma forma assustadoramente rápida. Num dos corredores mais movimentados do edifício, pelo qual passam diariamente centenas de pessoas, tiveram de ser retirados dois pedaços de tecto falso por se encontrarem na iminência de colapsar, pondo, desta forma, em causa a integridade dos utilizadores do espaço escolar. A sala de rádio tem constantemente humidade pois verificam-se infiltrações o que gera um cheiro nauseabundo e a impossibilidade de utilização do espaço. Existem salas de aula que não podem ser utilizadas pelas escorrências que se verificam sempre que chove e cujos tectos completamente pretos demonstram esta situação. Os sistemas de aquecimento desde a requalificação do edifício mal funcionaram devido a deficiências na sua colocação e no seu planeamento face às condições meteorológicas da região que não foram tidas em linha de conta. Existem balneários femininos que não podem ser utilizados pois não têm água quente, devido a sucessivos problemas nas caldeiras, já que o sistema de painéis solares térmicos presentes no edifício nunca funcionou. Verifica-se uma praga de térmitas na escola que estão a danificar as madeiras e estruturas dentro do edifício escolar e que após sucessivos apelos continuam por resolver. Várias portas de emergência encontram-se actualmente fechadas a cadeado, por estarem em perigo iminente de cair caso sejam abertas, numa escola que tem laboratórios, salas de electrotecnia e oficinas de arte, a funcionar diariamente. O não cumprimento das mais elementares regras de segurança que resultam na impossibilidade de utilização dessas portas de emergência, representa uma preocupação constante perante a possibilidade de ocorrerem acidentes cujos resultados podem revelar-se desastrosos”, refere o presidente da associação.

Assim sendo, e segundo o mesmo responsável, “verifica-se um gritante incumprimento do contrato estabelecido entre a Parque Escolar e o Estado português, bem como a ausência de resposta às reclamações e pedidos de intervenção da Direcção da ESSL”.

“A Associação de Estudantes, solidária com todos os membros desta comunidade escolar, decidiu implementar novas medidas, já que após as diversas tentativas de contacto com as entidades com responsabilidade nesta matéria, nada foi feito e a situação só tem vindo a piorar”, acrescenta.

Foi ainda criada uma petição, dirigida à Assembleia da República e ao Ministério da Educação, para “evidenciar a necessidade e urgência na realização de obras na ESSL”, a qual está disponível em https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=aeessl

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