A 38ª Ovibeja, que decorreu de 21 a 25 de Abril, “excedeu as expectativas” em relação ao número de visitantes e também de participantes nos colóquios realizados ao longo do evento.
“Voltar a fazer a Ovibeja presencial, depois do interregno da pandemia, trouxe uma gratificação para todos os que nela participaram. Esta edição superou de forma expressiva o número de visitantes das últimas edições, tendo recebido a visita de pessoas de todo o país e também do estrangeiro. As pessoas estavam cheias de saudades da Ovibeja”. Foi assim que o presidente da Comissão Organizadora da Ovibeja, Rui Garrido, resumiu a grande afluência de visitantes e de profissionais ao certame, porque, acrescentou, “a Ovibeja é de todos nós”.
“A grandiosidade da feira deve-se ao empenho e ao contributo de todos”, sublinhou.
Rui Garrido referiu ainda, em forma de balanço, que o tema da feira “Como Alimentar o Planeta?” e as inovações introduzidas “resultaram muito bem”. A “qualidade e diversidade” dos colóquios e a criação de um auditório dentro do Pavilhão Terra Fértil “trouxeram muitos participantes” a estes espaços de reflexão e de debate, nos quais estiveram também presentes “todos os centros de competências (que aproximam a ciência da produção) representativos dos diferentes sectores de actividade agrícola e pecuária do Alentejo”.

Por outro lado, é de realçar que a Ovibeja é escolhida como palco privilegiado de apresentação de novos produtos ou serviços. Além dos expositores de todas as áreas de actividade distribuídos por vários pavilhões, também o Campo da Feira, com exposição e demonstração de máquinas e equipamentos agrícolas, “aumentou em muito” o nível de participação em relação aos anos anteriores.
A feira foi inaugurada pela ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Albuquerque, que, depois de visitar o certame, esteve reunida com a Associação de Agricultores do Sul, a entidade organizadora.
A governante ouviu as preocupações dos agricultores, entre elas os aumentos dos custos de produção, a seca e as alterações climáticas, os apoios ao investimento no sector agrícola, o esvaziamento de competências dos serviços regionais de agricultura, a utilização, gestão e armazenamento de água para rega, entre outros.
A ministra destacou ainda a resiliência dos agricultores frente a vários factores, como a pandemia, a seca e, depois, as consequências da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Garantindo estar atenta, realçou várias medidas de apoio aos agricultores como forma de “atenuar os constrangimentos de tesouraria das empresas agrícolas”, embora tenha reconhecido que eram apenas “paliativos”. Como novidade, anunciou que vai haver uma ajuda directa ao sector da pecuária, em função da espécie.
Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou a feira e sublinhou a importância da Ovibeja nas dinâmicas e na economia regional e nacional. A escolha do tema por parte da organização do evento, “Como Alimentar o Planeta?”, mostra que o certame “está actualizado, demonstrando pensar naquilo que é fundamental no mundo, que é alimentar uma população crescente com problemas e desigualdades muito grandes dentro dos países e entre países”. “Permite tratar o problema da água, da sustentabilidade, dos investimentos a pensar no longo prazo, a questão da ciência, da tecnologia, o papel do ensino profissional e do ensino superior”, frisou.
Esta edição da Ovibeja contou, como habitualmente, com a visita de membros do governo e de partidos políticos, assim como de representações diplomáticas de vários países. Ao integrar o 11º Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, o certame realizou uma cerimónia de entrega de prémios aos vencedores.
De realçar que 1% da receita de bilheteira vai ser doado a favor do povo ucraniano, a entregar a uma instituição por indicação da embaixada da Ucrânia.