A associação ambientalista Quercus manifestou-se hoje preocupada com a quantidade de árvores secas da espécie carvalho negral no Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM), sendo um “fenómeno” que poderá estar relacionado com a seca.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Quercus, que estima que possam estar afetadas “milhares de árvores”, refere que em 2021 verificou-se um “fenómeno semelhante” durante o mês de agosto, tendo alertado e questionado o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para o problema.
Além do ICNF, a Quercus sublinha que este assunto também “foi exposto em várias reuniões” da Comissão de Cogestão do PNSSM, “sem que se tivesse obtido qualquer resposta”.
O modelo de cogestão do PNSSM teve início em 2020, sendo o mesmo gerido pelos municípios de Arronches, Castelo de Vide, Portalegre e Marvão, em conjunto com o ICNF.
De acordo com os ambientalistas, nesta altura verifica-se que as árvores com folhas secas aparecem em “áreas maiores e em meados do mês de julho”, tendo a Quercus também já alertado o ICNF para o que se está a passar este ano.
“O fenómeno deste ano pode estar ligado à seca e ao calor intenso que se faz sentir. A Quercus apela a que se faça uma investigação rigorosa do fenómeno, pois receia que o ecossistema da Serra de São Mamede possa estar em perigo”, alertam.
A associação ambientalista indica ainda que, no PNSSM, o carvalho negral encontra-se na parte norte, com influência atlântica, onde existe mais humidade.
“Esta serra constitui praticamente o limite sul da distribuição desta espécie em Portugal, constituindo uma espécie de ilha ecológica, rodeada pela planície alentejana, de influência mediterrânica, mais seca”, observam.
A Quercus recorda ainda que os locais onde existe esta espécie servem de habitats para “uma grande diversidade” de aves, mamíferos, insetos, répteis e anfíbios, “até uma grande variedade” de cogumelos.
“A seca destas árvores pode levar à destruição destes ecossistemas. Nas zonas onde o carvalho negral sofreu desflorestação verifica-se uma erosão dos solos irreversível”, alertam.
Os ambientalistas defendem uma investigação “a fundo” para se apurarem as causas da seca nestas árvores, exigindo ainda que sejam tomadas medidas para conservar esta espécie, que “não tem proteção legal” fora das zonas especiais de conservação da Rede Natura 2000.
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