“Um Afeganistão pacífico, estável, em desenvolvimento e próspero é a expectativa de todo o povo afegão e está também de acordo com os interesses comuns dos países da região e da comunidade internacional” – afirmou o Presidente Xi Jinping em mensagem enviada à 3.ª Conferência de Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países vizinhos do Afeganistão, que decorreu Tunxi, na China. O Presidente chinês sublinhou também a necessidade de esses países “apoiarem o povo afegão na construção de um futuro melhor”.

No final da Conferência, foi emitida uma Declaração Conjunta e divulgada a Iniciativa Tunxi para apoiar a reconstrução económica e a cooperação com o Afeganistão. Estes resultados da Conferência constituem a chamada “abordagem dos países vizinhos”, destinada a estabilizar a situação no Afeganistão e a proporcionar a melhoria das condições de vida e a protecção dos direitos humanos naquele país. Trata-se de um “programa de vizinhança” altamente relevante, constituindo um guia importante para resolver o problema afegão.

Aborda as necessidades imediatas da reconstrução económica e da luta contra o terrorismo, e centra-se também no estabelecimento de mecanismos para o desenvolvimento a longo prazo do Afeganistão.

O Afeganistão encontra-se numa fase crucial de transição da turbulência para a estabilidade. Segundo o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, 22,8 milhões de afegãos enfrentam actualmente graves problemas de segurança alimentar; e 3,2 milhões de crianças afegãs com menos de cinco anos sofrem de grave desnutrição. A Conferência de Tunxi apelou a uma “assistência humanitária contínua ao povo afegão”, que é simultaneamente necessária e urgente.

Classificando os Estados Unidos como “o maior responsável pela agitação no Afeganistão”, na Conferência foi referido que os americanos desviaram 7 mil milhões de dólares do Banco Central do Afeganistão, agravando a crise humanitária naquele país.

A Conferência exortou os EUA e o Ocidente a cumprirem as suas obrigações na reconstrução e desenvolvimento do Afeganistão. Os EUA devem devolver os bens afegãos o mais rapidamente possível, levantar as sanções injustificadas, apoiar a reconstrução económica do Afeganistão e tomar medidas práticas para compensar os danos causados ao povo afegão e responder às preocupações da comunidade internacional.

Ao mesmo tempo, os participantes na Conferência instaram o Afeganistão a separar-se de organizações terroristas. Esta é a preocupação legítima dos vizinhos do Afeganistão e a base para a paz e segurança a longo prazo no Afeganistão.

A China apresentou à Conferência três propostas para apoiar o Afeganistão ”a desenvolver um caminho de auto-aperfeiçoamento, um caminho de prosperidade e progresso, e um caminho de desenvolvimento pacífico”. Estas três propostas foram incluídas no documento final da Conferência e “mostram os esforços da China para a reconstrução pacífica do Afeganistão”.

Mas a China não se ficou pelas propostas, avançou também com acções concretas. Assim, até agora já forneceu ao Afeganistão o equivalente a cerca de 43 milhões de euros de ajuda humanitária e importou mais de 1.400 toneladas de pinhões afegãos.

Os chineses dizem: “Um vizinho bondoso e bom é um tesouro nacional”. E há um provérbio no Afeganistão que diz: “Os convidados vêm e vão, mas os vizinhos estão sempre lá”. Os países vizinhos dizem-se ansiosos por ver o Afeganistão alcançar a paz e a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade o mais depressa possível. E os dirigentes chineses afirmam: “Como bom vizinho e parceiro, a China continuará a apostar no processo de reconstrução do Afeganistão, reunindo os esforços combinados com os outros países vizinhos e apoiando o povo afegão na construção de um futuro melhor”.

Conteúdo Institucional CMG.

Artigo publicado em parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa

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