A Infraestruturas de Portugal (IP) prevê a construção de uma nova passagem sobre a futura linha ferroviária para ligar a zona da Garraia à Estrada Nacional (EN) 18, na periferia de Évora, revelou a empresa.
Em resposta à agência Lusa, a IP indicou já ter assumido, perante representantes da Câmara de Évora e da Associação de Moradores da Garraia, “o desenvolvimento de uma nova passagem superior”, cujo projeto de execução “se encontra em curso”.
“Atualmente, prevê-se que o projeto possa ficar concluído até ao final de 2023, o que permitirá que os trabalhos da respetiva empreitada estejam em curso antes do final de 2024”, adiantou a empresa pública.
A Lusa questionou a IP sobre o protesto realizado esta manhã, num estaleiro do consórcio que está a construir o troço ferroviário Évora-Évora Norte, por moradores da Garraia contra o que consideram ser “erros grosseiros” da empreitada.
Um dos erros, realçou então à Lusa o presidente da Associação de Moradores da Garraia, Pedro Pessoa, é a solução prevista para a ligação do Caminho Municipal 1090, que serve os moradores deste lugar, à EN 18.
“Está projetado para ser um entroncamento em curva com uma inclinação bastante acentuada”, referiu o responsável, considerando que este “é o erro mais grosseiro” e que “vai pôr em risco a vida das pessoas”.
Na resposta à Lusa, a empresa pública realçou ainda que, até à entrada em funcionamento do novo acesso, “será utilizada a ligação que ficou prevista no projeto de execução que se encontra em fase de empreitada”.
Porém, assinalou a IP, está previsto “um reforço de medidas de segurança” no local, nomeadamente “com recurso à colocação de balizas rebatíveis e inserção de bandas cromáticas na aproximação ao entroncamento”.
Estão em obra os quatro troços que vão integrar o Corredor Internacional Sul, entre Sines e a fronteira do Caia, em Elvas (Portalegre), no âmbito do Programa de Investimentos na Expansão e Modernização da Rede Ferroviária Nacional “Ferrovia 2020”.
O projeto pretende reduzir o tempo de trajeto, em consequência da utilização de comboios de tração elétrica entre Sines e Caia, e “aumentar a eficiência e atratividade” do transporte ferroviário de mercadorias, ao permitir a circulação de comboios de mercadorias com 750 metros de comprimento.

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