Um grupo de professores concentrou-se ontem em Évora para demonstrar que os docentes recusam “cruzar os braços” e que os protestos vão continuar até o Governo dar resposta às exigências de melhores condições para a classe.
“Não podemos cruzar os braços e pensar que já lutámos tanto e que já chega. Então, aí é que perdemos tudo. É preciso continuar”, afirmou à agência Lusa a presidente do Sindicato Democrático dos Professores do Sul (SDPSul), Josefa Lopes.
Esta dirigente sindical rejeitou um abrandamento dos protestos dos docentes, considerando que o ministro da Educação tem as negociações com os sindicatos “um pouco a cozer em lume brando para ver se os professores se cansam”.
“A luta tem que continuar firme e forte e, agora, ainda mais do que antes”, pois as propostas conhecidas do Governo “são absolutamente injustas, aumentam as assimetrias e geram divisão na classe docente”, argumentou.
Organizada pela Federação Nacional da Educação (FNE), a concentração juntou dezenas de professores, ao final da tarde, na Praça 1.º de Maio, em Évora, com bandeiras de vários sindicatos e cartazes onde se podiam ler algumas das exigências ao Governo.
Durante os discursos num pequeno palco, os docentes em protesto gritaram palavras de ordem como “não paramos”, “respeito”, “Costa escuta os professores estão em luta” ou “querem melhorar a educação? Tratem bem os que cá estão”.
Também em declarações à Lusa, o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, acusou o Governo de “andar num jogo de sombras, dando com uma mão e tirando com a outra, fazendo de conta que está a negociar” e afiançou que a luta dos professores não vai parar.
“Da nossa parte, não há desistência e estaremos hoje aqui e daqui a um mês, enquanto não houver respostas do Governo” às reivindicações, sublinhou.
No local onde se realizou a concentração, foram estendidas duas bandeiras de grandes dimensões, que foram assinadas por professores e que vai ser entregue, juntamente com um manifesto, na sexta-feira, na residência oficial do primeiro-ministro.
Nas declarações à Lusa, João Dias da Silva defendeu que “é preciso reconhecer aqueles que estão na educação”, alegando que, caso contrário, os mais jovens desistem da carreira docente e, depois, “não vai haver professores para substituir” os atuais.
Já o presidente do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores, António Fidalgo, lembrou à Lusa que os docentes que lecionam no arquipélago têm “condições mais favoráveis”, que resultaram “muito da luta e da negociação ao longo dos anos”.
“É exatamente isso que estamos a transmitir aos colegas do continente. Devem continuar o propósito de não desistir e continuar na luta”, referiu.
Atenta às intervenções dos dirigentes sindicais, a professora Rosa Bessa, que leciona numa escola de Vila Nova de Paiva, no distrito de Viseu, contou à Lusa que viajou para Évora depois de dispensada para exercer serviço sindical.
“Se não estivermos todos de mãos dadas, não vamos vencer o Governo, que é maioritário”, vincou.
Entre outras reivindicações, os professores exigem a recuperação de todo o tempo de serviço congelado e o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões que dizem bloquear a progressão na carreira.
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