O concelho de Arronches voltou a estabelecer parceria com a Associação Cultural “Periferias” para promover uma edição especial do Festival Internacional de Cinema de Marvão e Valencia de Alcántara, com eventos que se distribuíram pelos dias 18 e 19 de Julho.
Tal como já tinha acontecido no ano transacto, o certame voltou a iniciar-se com a exibição de uma maratona de filmes infantis no auditório do Centro Cultural de Arronches, a qual foi presenciada pelas crianças das Actividades de Tempos Livres da sede de concelho e da freguesia de Esperança, que tiveram assim oportunidade de passar a manhã com um entretenimento diferente.
No serão desse mesmo dia, o certame teve continuidade no Marco, em Esperança, bem junto da fronteira com Espanha, onde, com a colaboração também da Junta de Freguesia local, foram exibidos a curta-metragem “Rayanas”, do Coletivo Cala, num documentário que aborda a vida da mulher residente nas localidades fronteiriças do passado e do presente, bem como o filme “No País de Alice”, de Rui Simões, uma viagem pelas várias regiões de Portugal, com a qual se levou a efeito uma partilha intergeracional de costumes e tradições, perante uma assistência de cerca de cinco dezenas de pessoas, oriundas de ambos os lados da fronteira.
Na noite de 19 de Julho voltou a ser no auditório do Centro Cultural de Arronches que se iniciaram as actividades, com a exibição da premiada película “Nayola”, de José Miguel Ribeiro, baseada na obra “A Caixa Preta”, de Mia Couto e José Eduardo Agualusa, que aborda a vida em Angola e, sobretudo, os tempos da Guerra Civil angolana.
Por fim, a fechar esta edição especial, no Jardim do Fosso, teve lugar um momento musical, que ficou a cargo do artista angolano Alberto Mundi, que, acompanhado pela sua família, proporcionou a todos os presentes um agradável fim de noite, com ritmos tradicionais do continente africano.
Paula Duque, presidente da Associação Cultural “Periferias”, agradecendo a colaboração do Município, relembrou que esta iniciativa tem um cariz social, procurando, através do cinema, colocar em evidência as grandes problemáticas da actualidade, em campos como os direitos humanos, o meio ambiente e as artes.
Por sua vez, João Crespo, presidente do Município, manifestou a total disponibilidade da Autarquia para continuar a colaborar com a associação para a realização deste festival nos próximos anos, destacando ainda a importância de levar o cinema a locais mais rurais onde, por norma, esta arte não chega.
Já Luís Janeiro, presidente da Junta de Freguesia de Esperança, mostrou-se agradado com o regresso da iniciativa ao Marco, nas suas palavras, de facto, o local indicado para a realização de um festival transfronteiriço, uma vez que é uma terra que une dois países, Portugal e Espanha.

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