Não havia outro local mais provável para o encontrar. O Museu Municipal de Fotografia João Carpinteiro, seu no nome e na totalidade da colecção, é como se fosse o prolongamento da própria casa. “É onde me sinto bem. Faço aqui as minhas exposições, leio livros, mexo nas máquinas. Ainda hoje me ofereceram mais uma máquina fotográfica. Estou com mil máquinas. Mil!”, começa por dizer, antes de passar ao assunto que nos leva ao seu encontro: falar dos dois mandatos como Presidente da Câmara de Elvas. Eleito em 15 de Dezembro de 1985, João Carpinteiro foi o primeiro presidente da autarquia elvense a merecer um segundo voto de confiança dos munícipes, ao ser reconduzido para o cargo nas eleições de 17 de Dezembro de 1989.Venceu os dois sufrágios com maioria absoluta. Apaixonado pelos retratos a preto e branco, a fotografia é o tema que intercala reiteradamente na conversa. Ter um museu onde pudesse expor o vasto espólio que foi juntando ao longo da vida é o segundo grande sonho que conseguiu concretizar. O primeiro foi seguir os passos do avô, o Capitão Manuel Rodrigues Carpinteiro, no cargo de Presidente da Câmara.

João Manuel Valente Pereira Carpinteiro nasceu em Elvas a 7 de Outubro de 1943, no primeiro andar do nº 61 da Rua de Alcamim. No piso de baixo situava-se a Hidroeléctrica, actual EDP, empresa há época gerida pelo pai. “Nasci às 6 da tarde. O meu pai subiu ao andar de cima, para me ver e dar um beijo à minha mãe, e depois foi celebrar com o pessoal da companhia, com quem tinha um excelente relacionamento”.Após ter passado a infância em Elvas, na adolescência transferiu-se para Portalegre para dar continuidade aos estudos no Liceu Nacional, onde concluiu o sétimo ano. Seguiu-se o serviço militar. Inicialmente em Mafra, depois passou pelos Serviços de Administração Militar em Alvalade, e mais tarde foi transferido para Elvas, “para Lanceiros 1”, onde, “com as habilitações que tinha, fui nomeado oficial de justiça”. Permaneceu no cargo durante quatro anos. Após terminar o serviço militar, ingressou na Universidade de Évora, onde se licenciou em Sociologia. Regressou novamente a Elvas, para dar aulas “durante cerca de cinco anos”. Segue-se um primeiro contacto com a Câmara Municipal. “Em 1972 fui nomeado pelo Governo como Vereador do Desporto e do Turismo, função que desempenhei até ao 25 de Abril”. Posteriormente ocupa um lugar na empresa Combustíveis do Alto Alentejo, fundada pelo avô, ” situada na Rua do Tabolado. “Vendíamos gasóleo, gasolina, fazíamos distribuição de gás ao domicílio e abastecimento de gasóleo nas herdades”. Interrompe a vida empresarial em 1985, ao ser eleito Presidente da Câmara de Elvas. Após dois mandatos, e num volte-face inesperado, perde a terceira votação em que era candidato à presidência, quando todos o davam por eleito. Enfrenta o desaire eleitoral renunciando à política. Regressa à empresa da família, e em 2003 vê realizado o sonho de ter um Museu de Fotografia com o seu nome, o único no país.

A concretização do sonho do avô

Questionado sobre os motivos que o levaram a abraçar a causa pública, João Carpinteiro diz que tinha “o bichinho da política”, por concessão familiar. “O meu avô, Capitão Manuel Rodrigues Carpinteiro, tinha sido também Presidente da Câmara nos anos 30-40, e sempre me incentivou a seguir-lhe os passos. Dizia-me: um dia ainda te vou ver como Presidente da Câmara. E viu mesmo.” O ex-autarca recorda que o avô assistiu a um dos seus discursos, quando presidiu pela primeira vez as cerimónias oficiais comemorativas do 14 de Janeiro. “Recordo um dia de chuva intensa. Discursei na varanda da Câmara, com o Senhor Abelha a segurar no guarda-chuva. Foi um momento emotivo e de orgulho para mim e para o meu avô, que estava lá a assistir”. Não tem dúvida de que foi essa influência que o catapultou, e que cimentou nele a vontade de ter um papel activo ” em benefício da cidade que tanto amo. Tal como a fotografia, que me apaixona, alimentei sempre o desejo de ser Presidente da Câmara da minha terra, e consegui. E é uma paixão que ainda fervilha cá dentro. Inclusivamente, sempre que há eleições, sou abordado para integrar listas, ou para apresentar uma lista própria, mas eu recuso sempre, porque já cumpri. Fiz dois mandatos consecutivos, com maiorias absolutas, pelo PSD”. João Carpinteiro considera que fez “um trabalho válido”, que deixou uma marca positiva nos elvenses. “É curioso que ainda hoje, na rua, as pessoas de mais idade dirigem-se a mim. As senhoras dão-me beijos, os homens apertam-me a mão e dizem: “não se importa que lhe chame Presidente? Para mim vai ser sempre o meu Presidente”. E eu respondo: não me importo nada. E não importo, porque é um reconhecimento”. Explica que se dedicou “muito à cidade” numa época inóspita em termos de recursos financeiros. “A cidade estava parada, estagnada. Na altura ainda não havia fundos comunitários. A gestão não era fácil. E havia as freguesias rurais, com muitas carências: falta de água, esgotos. Tentei fazer o mais possível por todas, de forma equitativa”.

Atenção aos problemas que já vinham de trás

As dificuldades no concelho parecem ter tido uma matriz difícil de alterar. Tal como os presidentes de executivos anteriores, João Carpinteiro foi encontrar muito trabalho por fazer fora das muralhas. “Recordo-me em particular que em Barbacena nem havia posto clínico. Fez-se o edifício da junta de freguesia, onde se incluiu um gabinete médico. Em Santa Eulália colocou-se de novo a questão da água. Tivemos que construir um depósito lá no alto. Muitas vezes foram os carros dos bombeiros levar água para essas pessoas. E havia abastecimento uma, duas vezes por semana. O problema da água já vinha do mandato do Joaquim Trindade”. A luta persistiu no seu executivo, e o racionamento não existia apenas nas freguesias rurais, continuava no interior da cidade. É no mandato de João Carpinteiro que a barragem passa a chegar activamente às torneiras dos elvenses. “Quem presidiu ao acto inaugural da ligação da água que vinha da barragem para Elvas, fui eu. Recordo-me de ir, conjuntamente com o então Presidente da Câmara de Campo Maior, João Gama Guerra, fazer o acto simbólico de ligação da água que passava a fornecer os dois concelhos”.

A saúde, a cultura e “a rivalidade entre Portalegre e Elvas”

“Dediquei-me muito a tentar solucionar os problemas relacionados com a área da saúde”. O antigo Presidente começa por frisar que a construção do Centro de Saúde de Elvas se reporta ao seu mandato “já não o inaugurei, porque a obra foi concluída no tempo do meu sucessor, mas foi um trabalho do meu executivo”. Porém, o maior cavalo de batalha foi a construção do Hospital de Santa Luzia. “Houve uma luta fortíssima com Portalegre por causa do hospital”, recorda, “chegaram a dizer que eu queria o hospital para encher de espanhóis. Bati-me imenso! Era grande a rivalidade entre Portalegre e Elvas. Era e continua a ser. Se repararmos, até o papel timbrado do hospital tem o símbolo de Portalegre”. Vencida a questão do hospital, o ex autarca recorda a polémica que recaiu sobre a maternidade. “Essa foi outra grande luta, a Fundação Mariana Martins. Depois de muito insistir e batalhar, conseguimos manter a maternidade. Na altura a Ministra da Saúde era a Dra. Leonor Beleza, e valeu de muito a boa relação que a Câmara mantinha com o poder central, e que parecia avivar a hostilidade de Portalegre. Devo dizer que durante os seis anos em que fui Presidente da Câmara o Professor Cavaco Silva veio a Elvas 5 vezes. Em Portalegre não viam isso com bons olhos”.

João Carpinteiro lembra também a construção do quartel dos bombeiros. “Era um sonho antiquíssimo. O Corpo de Salvação Pública foi criado em 9 de Maio de 1929. Remonta também ao tempo do meu avô. Vem o neto mais tarde e constrói a obra. Conseguimos sensibilizar o então Secretário de Estado das Obras Públicas, Nunes Liberato, que atribuiu a verba para a edificação do quartel. O projecto foi feito por um arquitecto elvense. Havia também a preocupação de envolver os elvenses nos projectos da Câmara”.

A construção da Casa da Cultura é apontada por João Carpinteiro como mais uma obra que resultou do bom relacionamento com o Governo da altura. “A CURPI – Comissão Unitária dos Reformados estava naquele edifício junto à Praça da República. Os idosos subiam a escadaria com muita dificuldade. Pessoas com 80, 90 anos. Consegui convencer a direcção a mudar para as antigas cavalariças da GNR. Fez-se a obra e mudaram para lá”. De seguida apresentou ao Ministério da Cultura um projecto para construção de um espaço dedicado essencialmente a exposições. “Na altura a Ministra era a Dra. Teresa Patrício Gouveia, que também era uma grande amiga de Elvas. Concedeu-nos o montante necessário para a construção da Casa da Cultura, que foi inaugurada pelo Professor Cavaco Silva em Setembro de 1993”.

Ainda na área da Cultura João Carpinteiro destaca o dinamismo e a actividade da vereadora Maria José Rijo, que fez parte do primeiro executivo em que foi presidente. “Foi um apoio essencial para mim e desenvolveu um trabalho louvável. Foi a Fundadora do Coral Públia Hortênsia de Castro, criado quando foi a comemoração, em Elvas, do Dia Mundial da Música em 1 de Outubro de 1987. Esteve presente a Dra. Teresa Patrício Gouveia”.

João Carpinteiro enaltece outra “importante iniciativa” de Maria José Rijo, a recuperação do pavimento da Biblioteca Municipal. “As madeiras estavam todas corroídas. Foi uma obra de minúcia e muito dispendiosa, mas que era muito importante fazer. Dedicou-se também às crianças. Trouxe a Elvas grandes nomes ligados à literatura, em particular a literatura infantil. Organizava a semana do livro, e foi também ela que promoveu a Feira do Artesanato que se realizou anos a fio no Parque da Fé, durante o São Mateus”. Refere também o trabalho que a vereadora realizou no Pelouro do Turismo, e destaca “o Forte de Santa Luzia. O Museu Militar foi feito e está mais ou menos como ela tinha idealizado”.

Uma equipa coesa a trabalhar em prol de um concelho atractivo para a realização de eventos

O desporto foi uma área particularmente querida ao ex presidente. “Fiz o complexo de ténis, o Pavilhão Desportivo Municipal, uma obra importante que tem servido várias gerações. O desporto sempre esteve nas minhas prioridades e ao longo dos meus mandatos tivemos vários momentos emocionantes. Tivemos a sorte de fazer o Comboio Azul-e-Ouro, quando O Elvas subiu à primeira divisão, em 1986”. Convencidos da subida, ao longo da semana que antecedeu o jogo mobilizaram-se centenas de elvenses que foram assistir ao triunfo em Mangualde. O cortejo ficou para a história com a designação de Comboio Azul-e-Ouro.

O ciclismo foi uma modalidade que teve o seu lugar na cidade de Elvas durante o executivo do autarca eleito pelo PSD. “Tivemos a Volta a Portugal a passar aqui em Elvas, o que já não acontecia há muitos anos. Foi importante, porque um acontecimento desta dimensão deixa dinheiro na cidade”, recorda João Carpinteiro. “Também realizamos, três anos consecutivos a Volta ao Alentejo. Esse trabalho foi da inteira responsabilidade de um vereador que estava na oposição, mas que foi excepcional no trabalho que desenvolveu, o vereador José Marcolino. ” O ex autarca aproveita para frisar que a união e o entendimento marcaram a actividade governativa. “Éramos um todo, houve sempre uma coabitação pacífica. Todos se empenhavam em trabalhar em benefício do concelho. Recordo um acontecimento em particular que nos encheu de orgulho, o Congresso do Alentejo, que foi um sucesso. Durante 3 dias entre 70 e 80 corais desfilaram pelas ruas de Elvas. As palestras decorreram no Cine-Teatro. Eu discursei na cerimónia inaugural e no encerramento”.

Os bons e os maus momentos em seis anos de gestão autárquica

A memória como fiel depositária de seis anos, esmiuçados em dias, também foi desafiada a apontar os momentos mais marcantes da vivência autárquica. João Carpinteiro diz ter “ficado marcado para toda a vida por tudo aquilo que aconteceu e que consegui fazer”. No entanto é a lembrança da mãe “que tinha horror de eu concorrer à Câmara”, que destaca. “A minha mãe não concordava com esta minha opção. Eu ia todas as noites despedir-me dela, dar-lhe um beijo. Durante a campanha ela abraçava-me e dizia-me: “filho, custa-me tanto passar na rua e ver os teus programas de campanha, e a tua fotografia pisados pelas pessoas. Recordo esse detalhe. Ficava magoada”. Sublinha que ao mesmo tempo lhe proporcionou “momentos de entusiasmo e grandes alegrias. Por coincidência houve um ano em que as cerimónias militares do 14 de Janeiro decorreram à porta de nossa casa na Avenida da Piedade. A celebração contou com a presença do Dr. Mário Soares, que na altura era o Presidente da República. Houve honras militares, como não podia deixar de ser. A minha mãe ficou muito orgulhosa e emocionada”.

No capítulo dos momentos mais difíceis, o antigo presidente, aponta apenas algumas dificuldades de diálogo com a etnia cigana. “Dirigiam-se ao pátio da Câmara e exigiam que lhes atribuísse casas. Houve alguns episódios em que foi necessária intervenção da polícia. Havia alguma dificuldade em lhes fazer entender que não dispunha de casas para atribuir”. Considera que é um problema que persiste e que está a ter sérias consequências no centro histórico. “Há casas que estão desabitadas e que são invadidas. A Câmara está a emparedar algumas, para evitar ocupações. Custa-me assistir a isso”.

O adeus à política após uma derrota impensável

Depois de ter convencido o eleitorado a dar-lhe voto de confiança em dois mandatos, ganhos por maioria absoluta, João Carpinteiro preparava-se para continuar a ser o Presidente da Câmara de Elvas por mais quatro anos. Surpreendentemente no dia 12 de Dezembro de 1993 o “mais que provável” colapsou. O antigo presidente recorda a incredulidade do momento. “Nunca me vou esquecer, porque toda a gente dizia que eu tinha a eleição ganha. Na véspera da votação um amigo meu atravessou a Rua da Cadeia e veio ter comigo. Disse-me: “João Carpinteiro, dou-lhe já os parabéns, porque amanhã não consigo. Você ganhou isto a brincar. Ganha com certeza”. Mas aconteceu o inesperado. Deram-me o vermelho.” Conta que atribui a derrota a uma conjugação de factores: “várias situações da minha vida pessoal e uma campanha, muito bem feita pelo José Rondão Almeida, que entrou praticamente em todos os segmentos. Levava com ele uma pessoa que foi preponderante, o já falecido João Ruas, um homem muito popular em Elvas, que o acompanhou sempre e o aproximou das pessoas”. Eleito como vereador, recusou o cargo e afastou-se da política. “Decidi mudar de vida. Entendi que já tinha dado o meu contributo à cidade e ao concelho. Voltei à minha empresa e comecei a dar consistência a um projecto, que se tornou num anseio e mais tarde uma concretização: fundar museu de fotografia”.

Quase 30 anos depois, ainda que realizado pelo caminho alternativo que tomou, João Carpinteiro lamenta não ter efectivado o programa que se propunha cumprir. “Ficaram muitas coisas por fazer, várias obras que depois foram concretizadas. A ampliação do campo de futebol, a obra do Forte de Santa Luzia, e sobretudo a Ponte da Ajuda.” É a passagem para Olivença que João Carpinteiro mais lamenta não ter concluído. “Os trabalhos iniciaram-se no meu mandato. Houve uma cerimónia que assinalou o arranque da obra, que incluiu um concerto. Estiveram presentes diversas autoridades que vieram de Lisboa e também do lado de Espanha. Está lá uma placa com a data da geminação das duas localidades. Fui eu e o então Alcaide de Olivença que formalizamos esse acto. Embora tenha sido o presidente que me sucedeu a concluir e a inaugurar a obra, ela foi adjudicada no meu mandato. Isso deixou-me realmente muita pena, porque foi uma luta muito difícil que vencemos”.

Provada a inocência depois de ter sido acusado de irregularidades

Após ter-se afastado da política, João Carpinteiro viria a enfrentar um processo judicial. O assunto é levantado pelo antigo autarca, que acusa o sucessor de lhe ter “feito a vida negra”. Depois de afirmar que foi para a Câmara “por amor à camisola, a ganhar um salário inferior ao que auferia na empresa”, relata a mágoa de ter enfrentado a justiça para provar que não cometeu nenhuma irregularidade. “Participou de mim em tudo. Houve uma investigação da Polícia Judiciária, que visitou pessoas que trabalharam comigo. Verificaram as minhas contas pessoais. Foram momentos muito difíceis. Recordo ter subido as escadas do Supremo Tribunal, acompanhado pelo meu advogado, o Dr. Manuel Silva. Faltavam poucos minutos para entregar o recurso. O desfecho não poderia ser outro: fui absolvido de todas as acusações, e esse senhor teve que pagar uma quantia avultada ao meu advogado. Deu muito trabalho, muita luta, mas a vitória chegou. Não cometi nenhuma ilegalidade. Não há uma placa com o meu nome em lado nenhum, antes pelo contrário. Chegaram a por placas em obras que eu fiz com o nome desse presidente. O D. Duarte Nuno esteve em Barbacena em 8 de Dezembro de 1989. Houve uma festa em casa do Sommer de Andrade. Fizemos o jardim e a estátua que lá está, até isso foi mudado e foi colocada uma placa com o nome do presidente. Isso custou-me muito”. Depois de descarregada a preciosa carga da inocência no tribunal, João Carpinteiro viria a ter uma concessão da parte do seu sucessor. Foi o executivo de Rondão Almeida que viabilizou um acordo entre a Câmara Municipal de Elvas e Fundação João Carpinteiro que estabeleceu a cedência de um espaço no antigo cinema municipal para a acomodação do Museu de Fotografia, onde se exibe uma impressionante colecção de máquinas fotográficas, que não para de crescer. Desde que abriu portas, em 2003, é o local “de residência permanente” do ex-autarca, que se encarrega pessoalmente de realizar a maioria das visitas guiadas, onde conta a história da fotografia e a história de cada peça da colecção. É também naquele local que se propõe escrever um livro que revele os quilómetros percorridos numa vida que já vai nos 77 anos, onde o cargo de presidente de câmara cedeu lugar ao de curador/coleccionista do único museu de fotografia do país.

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