A Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE) doou, na passada sexta-feira, dia 22 de Dezembro, quase 300 brinquedos no âmbito da iniciativa “Dê o Natal a uma Criança 2023”, levada a cabo em parceria com o Hospital Espírito Santo e a Associação Chão dos Meninos.

Nesta quarta edição, que contou, mais uma vez, com o apoio de várias superfícies comerciais a nível nacional, foi possível proporcionar um pouco da experiência natalícia a muitas crianças.

De acordo com o presidente da AAUE, Henrique Gil, tendo em conta que “a instabilidade global que se vive actualmente é extremamente preocupante”, é “fundamental que sejam promovidas actividades que aproximem a sociedade e que fomentem empatia com o próximo”.

“Estas e outras iniciativas serão sempre bem-vindas numa óptica socioeconómica, mas não só. O acto de dar um brinquedo a uma criança que passa pelo hospital não se prende por questões dessa natureza, mas sim por alguma condição que a obriga a estar ali, seja porque razão for, e aí, aquilo que tentamos com este gesto é proporcionar um momento mais acolhedor. Estamos cientes de que os brinquedos não serão suficientes para todas as crianças que passam pelas urgências, mas o pouco que pudermos melhorar o faremos. O ideal era que os brinquedos sobrassem todos, era sinónimo de que estavam todos bem. Ainda assim, estamos conscientes de que, em alguns casos, aquele brinquedo poderá ser tudo o que a criança vai ter neste Natal. Desejamos que assim não o seja, mas ao ser, saberemos que contribuímos para um sorriso e isso, para nós, é tudo, ainda que não o vejamos”, referiu.

Sendo um projecto que já conta com quatro edições, e apesar de não ser a Queima das Fitas, é um evento “com uma enorme relevância” e “um dos grandes objectivos da AAUE”.

“Este ano conseguimos angariar 273 brinquedos, um aumento em relação ao ano anterior, apenas possível com o apoio da comunidade e superfícies comerciais. Este tipo de projectos é também um pouco da missão da Associação Académica, bem como do compromisso assumido com a cidade e com as gerações futuras”, disse o responsável.

Questionado sobre a forma como este tipo de projectos é recebido pelos eborenses, Henrique Gil reconhece que, apesar de ser “um trabalho que reflecte a real dimensão” da Associação Académica, “não tem”, no entanto, “a recepção esperada”.

“Infelizmente, este é o tipo de projecto que a população não vê. Se visse, entendia que a AAUE é mais do que aparenta, mas isto é um trabalho a longo prazo e acredito que estamos no bom caminho. Queremos uma boa relação com a comunidade e com a cidade no seu geral. São projectos como este que contribuem para isso mesmo. Ainda assim, isso torna-se secundário face ao impacto deste projecto. Importa ainda destacar a vertente sustentável, onde estamos a aproveitar brinquedos que seriam quebras de supermercados, outros que são em segunda mão, dando-lhes uma nova vida e utilidade”, afirmou.

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