A presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), Fermelinda Carvalho, manifestou-se hoje a favor dos protestos do setor agendados para quinta-feira, com máquinas agrícolas nas estradas de várias zonas do país.
“Esta manifestação é algo espontânea, de vários grupos de agricultores, não é, como habitualmente, organizada pela confederação ou pelas associações. E devo dizer que eu também concordo, logicamente”, disse a dirigente, em declarações à agência Lusa.
Fermelinda Carvalho, que não escondeu que a AADP está a “ajudar também” na organização do protesto, ressalvou, no entanto, que a associação “não é responsável” pela ação.
Para a presidente da AADP, as medidas anunciadas hoje pelo Governo “são uma mão cheia de nada”, uma vez que não são definidos prazos, nem formas de pagamento aos agricultores.
“Até parece que pode até deixar o compromisso para quem vem a seguir, porque nós não sabemos quem é que vai ganhar as eleições [legislativas]. O Governo, responsável por este desaire, se quer colmatar esta falha, tem de pagar em tempo útil, por estes dias”, defendeu.
Todo este caso com os agricultores “é uma vergonha” e a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, “faz tudo mal”, revelando dessa forma “uma incompetência enorme”, criticou.
Fermelinda Carvalho considerou ainda que o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) foi “mal preparado” pelo Governo português.
A ministra da Agricultura disse hoje que houve uma “comunicação infeliz” por parte do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) dos cortes aos agricultores, assegurando que foi criada uma medida excecional para responder à vontade do setor.
“Houve uma comunicação por parte do IFAP infeliz” sobre aos cortes de 25% e 35%, disse a ministra Maria do Céu Antunes, em conferência de imprensa, em Lisboa.
Na sessão conjunta com o ministro das Finanças, Fernando Medina, a governante esclareceu que o executivo decidiu “criar condições” para ir ao encontro da expectativa e vontade dos agricultores de “poderem ter práticas mais sustentáveis”.
A ministra já tinha anunciado um pacote de apoio aos agricultores, que, entre outros pontos, vai assegurar as candidaturas nos ecorregimes agricultura biológica e produção integrada.
Os agricultores portugueses manifestam-se, a partir das 06:00 de quinta-feira, com máquinas agrícolas nas estradas de várias zonas do país, reclamando “condições justas” e a “valorização da atividade”, foi hoje anunciado.
Segundo um comunicado divulgado hoje, trata-se de uma iniciativa do denominado Movimento Civil Agricultores de Portugal, que se apresenta como “um movimento civil espontâneo e apartidário que une agricultores e sociedade civil em defesa do setor primário”.
No Alentejo, os agricultores prometeram hoje bloquear com tratores e máquinas agrícolas as três principais fronteiras da região com Espanha, no Caia (Elvas, distrito de Portalegre), em Mourão (Évora) e em Vila Verde de Ficalho (Serpa, distrito de Beja), segundo disse à Lusa António Saldanha, um dos dinamizadores do movimento.
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