A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 21.548 crimes de burla em 2023, destacando a predominância da burla informática e nas comunicações e da burla com fraude bancária.
Segundo disse à Lusa o capitão João Lourenço, estes números, ainda provisórios, mas que não deverão variar muito, representam um aumento face a 2022, ano em que se registaram 17.969 crimes de burla.
De acordo com a contagem da GNR, que consta de um comunicado, os distritos de Porto, Setúbal, Lisboa, Aveiro e Faro são, por esta ordem, os mais afectados, contabilizando 12.783 crimes de burla (quase 60 por cento do total).
No distrito de Portalegre foram registados 365 casos, mais 95 que no ano anterior.
As ocorrências com mais incidência dizem respeito a compra e venda de bens (3.127 registos, representando 14,5 por cento do total), sobretudo através da plataforma MB Way e de publicações na internet (redes sociais e plataformas de vendas ‘online’).
Com o objectivo de alertar a sociedade para os diferentes tipos de burla, a GNR sublinha que foram registadas ocorrências por todo o território nacional.
No comunicado, a GNR destaca ainda uma burla, menos divulgada, relacionada com a compra e venda de veículos, “que, por norma, lesa duas pessoas, o vendedor (legítimo proprietário) e o comprador (terceira pessoa)”.
A GNR apela à denúncia deste tipo de crimes, “fundamental para auxiliar à sua monitorização”. Em caso de burla, a vítima deverá denunciar o crime na polícia da área de residência ou apresentar queixa por via electrónica (https://queixaselectronicas.mai.gov.pt).