No âmbito do XV Festival de Flamenco e Fado de Badajoz realizou-se ontem, dia 4 de Julho, um espectáculo musical em memória de Porrina. Os espectáculos no Auditório Ricardo Carapeto, abriram com a Orquestra Extremadura, num espetáculo que prestou homenagem a José Salazar, a Porrina de Badajoz, e foi dirigido por José Luis López Antón.

Este lendário cantaor de flamenco nasceu em Badajoz há 100 anos. É uma referência no cante e tornou-se uma lenda. Para além de possuir um enorme talento, a sua grande personalidade e autoconfiança, que se notava até no seu guarda-roupa colorido, e nos emblemáticos óculos e cravo na lapela, distinguindo-o dos restantes, e que o tornaram inconfundível. Engrandeceu e deu a conhecer os Cantes Extremeños, imortalizando os seus fandangos e os seus tangos. Imortalizou também o conhecido fado de Amália Rodrigues, Mouraria.

O cantaor Francisco Escudero, conhecido como El Perrete, considerado uma das vozes mais singulares do flamenco e que lembra Porrina de Badajoz pelo seu timbre, foi o responsável pela apresentação do espectáculo “Clásico flamenco“, com músicos de ambas as disciplinas musicais dirigidos pelo próprio cantaor e com a participação do pianista Paco Suárez, da flautista Ostalinda Suárez e do percussionista Paco Vega. 

O público assistiu à união do flamenco com a música clássica, numa simbiose bastante interessante e aplaudida, em noite de imenso calor. Hoje o Auditório recebe Sara Baras e amanhã a fadista portuguesa Mariza. Os concertos têm início às 21:30horas.

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