Foram momentos de terror vividos por mãe e filha, que estão a tentar recuperar do choque.
Ao início da tarde de ontem terça-feira, 13 de Agosto, uma senhora natural e residente em Santa Eulália cruzou-se com o inesperado cerca das 13h30. No momento em que se dirigia para casa, com a filha de dois anos pela mão, reparou que um carro que circulava “pela estrada que vai para Portalegre, e que vinha de frente para nós, começou a abrandar a marcha”. Tratava-se “de uma carrinha Peugeot de cor cinzenta, ocupada por três homens que aparantavam ser estrangeiros, de pele escura e fisonomia da Indía ou Paquistão”, relata a senhora que pretende manter-se no anonimato.
Atenta à filha “que caminhava do lado da estrada porque a berma tem muitos buracos”, reparou que “os vidros do automóvel se abriam à medida que o carro se aproximava de nós”. No momento em que o automóvel se cruzou com a mãe e a filha, dois dos ocupantes surgiram do interior, debruçaram-se sobre as janelas e tentaram apanhar a criança.
Sempre com a filha pela mão, aflita, a senhora conseguiu pegar na menina ao colo e gritar por auxílio, gesto que terá alarmado os homens que aceleraram o veículo, pondo-se em fuga.
Num dia quente de Agosto, sem vivalma na rua, e sem que ninguém se tenha apercebivo do que se estava a passar, o resto do trajeto até casa foi interminável e assustador “com medo de que aqueles homens voltassem atrás e me tirassem a menina”.
Ainda em choque, a senhora explicou há momentos ao Linhas de Elvas, depois de relatar o sucedido, que mantém o anonimato por receio de que “os homens pertençam a algum dos grupos de estrangeiros que estão a morar em Santa Eulália. No entanto”, sublinhou, “entendo que é importante contar o que aconteceu para que as pessoas estejam atentas e tenham cuidado. Não conseguiram levar a minha filha, mas podem vir a raptar alguma criança e até a cometer outros atos”, declarou, acrescentando que “em Santa Eulália estão a viver muitas pessoas que ninguém sabe o que fazem. Vivem às dezenas na mesma casa e a população já se sente receosa e insegura”.
Já em casa, e em segurança, a senhora contactou a GNR. De acordo com a participação feita pelos militares, e a que o Linhas de Elvas teve acesso, foram informadas “patrulhas para possível abordagem a viaturas suspeitas”.

Santa Eulália: imagem de arquivo
