A UGT Portalegre aprovou, por unanimidade, uma moção onde “enaltece” o “novo passe ferroviário verde”, mas, ao mesmo tempo, também reivindica “comboios com novos horários”.
De acordo com a União Geral de Trabalhadores, “este novo passe, com um custo mensal de 20 euros, é uma muito boa oportunidade para a nossa região e agora é só aguardar o aumento da circulação de comboios na estação de caminho-de-ferro de Portalegre, capital de distrito, que dista 12 quilómetros do centro da cidade, e nas restantes estações da Linha do Leste no distrito e com horários adequados que permitam, por exemplo, a deslocação de trabalhadores para outros destinos (benesses também do teletrabalho, que agradecemos), ou a Lisboa para pessoas que tenham marcadas consultas médicas ou mesmo transportar os nossos alunos deslocados para a sua semana de aulas”.
“Actualmente temos duas partidas de Portalegre para Lisboa, às 14,10h e às 19,42h, com préstimos muito pouco entendíveis para estarem ao serviço dos cidadãos. Por outro lado, temos horários de regresso exclusivamente no período da manhã. Ou seja, na prática, estes horários servem quem queira visitar Portalegre e regressar no mesmo dia, talvez devido à dinâmica de turismo que a capital de distrito comporta, ou mesmo as restantes cidades, Elvas e Ponte de Sor, e vilas, mais do que servem as populações locais. Para que nos vai servir o passe reduzido de 20 euros se nos vemos obrigados a pernoitar, com os devidos custos, se tivermos a necessidade de nos deslocarmos, por exemplo, a Lisboa”, questiona a UGT.
Posto isto, a estrutura defende que “toda esta visão de utilidade” ferroviária “deverá ser rapidamente alterada”. “Tal como os habituais merecedores das melhores atenções, queremos e temos o direito de ter serviços condignos e adequados ao dispor e de podermos usufruir deles utilizando este novo passe ferroviário. O que naturalmente obriga ainda a que, no caso de Portalegre, não sendo deslocalizada a Linha do Leste para junto da cidade, o que já reclamámos várias vezes para a zona industrial, e que traria garantidamente mais emprego, seja criada uma ligação rodoviária adequada à estação de caminho-de-ferro, tendo em conta os horários das viagens, e que a mesma fique à responsabilidade institucional e empresarial nacional, regional, distrital ou municipal”, pode ler-se no documento.
Esta moção, que foi aprovada na última reunião do Secretariado distrital da UGT Portalegre, foi também enviada ao “ministro das Infraestruturas e Habitação, ao ministro da Coesão Territorial, aos deputados eleitos pelo distrito e Grupos Parlamentares na Assembleia da República, à CCDR Alentejo, à CIM Alto Alentejo, às Câmaras Municipais abrangidas pela Linha do Leste e à CP – Comboios de Portugal”.
