A nova ponte de ligação entre a Estrada Nacional 2 (EN2) e Foros do Mocho, no concelho de Ponte de Sor, abriu ao trânsito, após a destruição do anterior acesso pelo mau tempo, em dezembro de 2022.
O presidente da Câmara de Ponte de Sor, Hugo Hilário, revelou hoje à agência Lusa que a nova ponte abriu ao trânsito no sábado, após um investimento de “cerca de um milhão de euros”, comparticipado a 100% por fundos comunitários.
“A Câmara de Ponte de Sor (no distrito de Portalegre) assumiu os custos com os caminhos alternativos, custos de manutenção dos caminhos, protocolo com o Exército e valor do projeto, num investimento superior a 300 mil euros”, acrescentou.
O autarca revelou ainda que, “dentro de duas a três semanas”, deverá realizar-se uma cerimónia de inauguração oficial daquela obra.
O pontão, que ficou destruído em 13 de dezembro de 2022, situa-se no troço rodoviário que faz a ligação da EN2 à localidade de Foros do Mocho, na freguesia de Montargil, e, desde então, o acesso rodoviário à aldeia ficou limitado.
Na altura, o município, em paralelo com a criação de um caminho alternativo, contou também, em janeiro de 2023, com o apoio do Exército Português, que instalou uma ponte militar sobre as águas da barragem de Montargil, para acesso à aldeia.
O pontão, destruído pelas intempéries de dezembro de 2022, foi construído no final da década de 50 do século passado, aquando da edificação da barragem de Montargil.
A obra levou também algum tempo a ser executada devido a questões administrativas, nomeadamente porque, no inventário patrimonial, o pontão que ruiu não se encontrava registado.
Enquanto não surgiu a nova ponte, o município gastou, mensalmente, cerca de 10 a 15 mil euros para manter as ofertas alternativas à circulação para acesso à aldeia.
“Foi um processo que, lamentavelmente, durou tempo de mais e, se não fosse a intervenção do município, ainda hoje estávamos à espera de resolver o problema”, disse o autarca.
Para Hugo Hilário, ao longo de 15 anos como autarca, este foi “um dos poucos assuntos” em que se sentiu “incapacitado” para o resolver no tempo certo.
“É preciso perceber o quanto isto prejudicou as pessoas. Tudo fizemos, desde a primeira hora, nomeadamente a arranjar novas acessibilidades e novos caminhos secundários”, argumentou.
Mas também, continuou, “a repará-los periodicamente, em parceria com o Exército, a arranjar uma ponte militar alternativa, a dar apoio com as viaturas da câmara e da junta de freguesia, a tentar minimizar o impacto deste constrangimento”.
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