O homem de 35 anos, que tentou fugir ao fim da tarde desta quinta-feira, 6 de Março, do Estabelecimento Prisional de Elvas (EPE), mas foi recapturado 30 minutos depois, está agora numa cela separada à espera da punição disciplinar.
O recluso trabalhava na cozinha da prisão e “estava a ajudar a transportar as refeições de uma carrinha, estacionada dentro do perímetro da cadeia, para a copa da prisão e, mesmo vigiado por alguns guardas, correu em direção ao muro, subiu pela grade e ultrapassou a vedação que, no total, terá cerca de dois metros de altura e não está protegida por arame farpado ou outro tipo de mecanismo de segurança”.
O Jornal de Notícias avança também que “o presidiário continuou a correr em direção ao centro da cidade e foi perseguido por um guarda e um chefe prisional”: “A fuga estendeu-se por cerca de 30 minutos, ao fim dos quais os elementos da Guarda Prisional interceptaram o fugitivo, junto ao Estádio” d’ O Elvas.
O indivíduo está detido há cerca de dois anos, por tráfico de droga, e estará também a enfrentar um segundo processo, por violência doméstica, sendo que esta é a segunda vez que está preso.
Hermínio Barradas, presidente da Associação Sindical de Chefes da Guarda Prisional, refere que a fuga “resultou “do edificado desadequado ao perfil dos reclusos atuais e à falta de guardas prisionais”.
Nesta quinta-feira, a cadeia de Elvas estava com efectivo mínimo para garantir a segurança do estabelecimento prisional.
“Esta cadeia está classificada como sendo de segurança alta, tem 160 reclusos e uma sobrelotação de 120%. Tem ainda 38 guardas ao serviço, mas oito deles estão de baixa médica longa”.
O dirigente explica também que “um muro com cerca de metro e meio de altura, e uma grade que eleva a vedação aos dois metros, é a única segurança existente”.
A Associação Sindical de Chefes da Guarda Prisional tinha alertado, já no decorrer desta semana, “para a possibilidade de fugas, devido à falta de condições das cadeias portuguesas”.
