O arcebispo de Évora recordou hoje o Papa Francisco como “defensor da paz, tolerância e respeito pelas minorias”, considerando que “só o futuro fará ver e perceber” a sua “grandeza e dimensão visionária” para a Igreja e Humanidade.
Numa nota sobre a morte, hoje, do Papa Francisco, o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, destacou o Sumo Pontífice como “defensor da paz, da tolerância e do respeito pelas minorias, sempre presente e junto dos mais pobres, excluídos e sofridos”.
“A grandeza da sua coerência e pensamento ainda não é por nós plenamente compreendida e atingida na sua totalidade. Só o futuro fará ver e perceber a grandeza e dimensão visionária deste Papa, quer para a Igreja quer para a Humanidade”, afirmou.
Assinalando a coragem do Papa em anunciar caminhos para “a construção de uma nova Humanidade e para a renovação da Igreja”, Francisco Senra Coelho enalteceu, entre outros acontecimentos, “os seus constantes apelos ao perdão mundial das dívidas dos países pobres e as equitativas amnistias nacionais aos presidiários”.
“A sobriedade destas constatações desenha já o perfil da grandeza profética do pontificado do Papa Francisco”, frisou.
Senra Coelho salientou “o seu sofrimento para renovar e evangelizar a Igreja”, realçando o empenho do Papa em procurar “sarar feridas abertas, cicatrizes mal curadas e traumas que permanecem na História”.
“A sua tenacidade e o seu amor incondicional na luta pela reforma da Igreja merecem de todos nós um compromisso de continuarmos na fidelidade ao seu genuíno pensamento, sem cedências a qualquer tipo de manipulação e pretensão de pensamento único”, acrescentou.
O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
SM // JMR
Lusa
