Um protocolo que visa “reforçar a valorização e a gestão” do património das 69 misericórdias do Alentejo foi assinado segunda-feira, dia 14 de Julho, entre a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.

Em comunicado, a UMP indica que o documento foi assinado em Évora, visando “fortalecer a gestão” do património das misericórdias, com especial enfoque no estudo, conservação e dinamização dos seus bens culturais.

A UMP explica ainda que, no âmbito desta colaboração, as equipas técnicas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo prestarão apoio técnico às misericórdias da região, através de “acções de avaliação, diagnóstico e aconselhamento” nas intervenções necessárias nos seus acervos patrimoniais.

“Na área do património móvel foi possível inventariar na região, sob a responsabilidade do departamento de património cultural da UMP, mais de 19 mil peças de património móvel e museológico”, lê-se no documento.

Nuno Reis, do secretariado nacional da UMP, referiu à Lusa que o protocolo “aproveita as novas competências” que as comissões de desenvolvimento regional passam a ter na área da cultura.

“Este protocolo visa, no fundo, criar condições para uma relação formal entre a UMP e a CCDR Alentejo para que possa, depois, quem sabe, aceder a oportunidades de financiamento que ajudem na preservação, na conservação, na reabilitação do património”, disse.

De acordo com Nuno Reis, a realidade das misericórdias “é muito diversa”, existindo algumas instituições que têm meios para avançar com candidaturas, ao passo que existem outras que não possuem ferramentas para o efeito.

“Este protocolo, no fundo, facilita também – sob o ponto de vista daquilo que são neste momento as exigências em termos de acesso a financiamento, nomeadamente europeu -, que haja um quadro regulamentador que permita também à UMP, com o seu papel, poder apresentar candidaturas nesta área”, afirmou.

Nuno Reis disse acreditar que este tipo de protocolos poderá vir a ser replicado noutros pontos do país num futuro próximo.

De acordo com a UMP, a região do Alentejo destaca-se actualmente como “a mais completa” em termos de recenseamento e inventário do património das misericórdias.

“Na área do património móvel foi possível inventariar na região, sob a responsabilidade do departamento de património cultural da UMP, mais de 19 mil peças de património móvel e museológico”, lê-se no documento.

Para a UMP, este protocolo representa um “passo decisivo” na consolidação de uma estratégia nacional de valorização do património das misericórdias, com “impacto directo” na preservação da memória colectiva e no desenvolvimento cultural e social das comunidades locais.

A UMP é uma associação de âmbito nacional, criada em 1976 para orientar, coordenar, dinamizar e representar as misericórdias, defendendo os seus interesses e organizando actividades de interesse comum.

HYT // JLG
Lusa

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