Na inauguração da edição 2025 do festival “Nisa em Festa”, nesta quinta-feira, 24 de Julho, Idalina Trindade declarou que foi absolvida no processo em que o Ministério Público a acusou de um crime de abuso de poder, por falta de pagamento do subsídio de 160 mil euros à extinta Associação para o Desenvolvimento de Nisa (ADN).
A autarca referiu em público que “em 22 de Maio de 2025 foi proferida uma decisão instrutória pelo Tribunal e já transitada em julgado, definitiva e irrecorrível, de não pronunciar a arguida Maria Idalina Alves Trindade”.
A presidente do município, cujo mandato termina este ano – as eleições autárquicas estão agendadas para 12 de Outubro e Idalina Trindade já não pode candidatar-se por acumulação de três mandatos – relembrou que “a denúncia de três vereadores da Câmara de Nisa à data (2013)”, “Fátima Dias (CDU), Vítor Martins (CDU) e José Dinis Semedo (PSD)”, “nem sequer chegou à fase do julgamento”: “(Ficou) provado, segundo a sentença, que não violei qualquer lei, que não actuei com a intenção de obter para mim ou para outrem qualquer benefício, ou de causar prejuízo a quem quer que fosse. Pode ler-se ainda na decisão que a arguida sempre actuou no sentido de fazer o melhor para o Município, que zelou pelo interesse público, pela imparcialidade e pela boa-fé”.
Idalina Trindade agradeceu a Nuno Barroso, “ilustre advogado”, “que, de forma convicta e firme me acompanhou neste calvário, me defendeu e com maestria, de forma laboriosa e inteligente trabalhou para o sucesso desta decisão de não pronúncia, ou seja, de absolvição pela prática de qualquer crime. Esta sou eu, a que defende o interesse público de boa fé e a que respeita a legalidade”.
A presidente do município nisense foi acusada em 2022, pelo Ministério Público, do crime de abuso de poder por não ter pago um subsídio de 160 mil euros à extinta associação ADN. Na altura, Idalina Trindade justificou que esse apoio “já tinha sido pago em contos (30 mil contos) para compensação de despesas nos encargos com uma obra que esta associação executou”, a que “acrescia o facto de que essa entidade devia à Câmara 105 mil euros”.


