O Movimento Cívico por Elvas (MCPE) contestou a exclusão do semanário “Linhas de Elvas” da lista dos órgãos de tempo de antena para as próximas Eleições Autárquicas.

Num comunicado enviado à redação, o movimento questiona a decisão da Comissão Nacional de Eleições (CNE), lembrando que o jornal conta já com 75 anos de publicação, mantém presença regular em todas as bancas do distrito e está ativo no Facebook e no Instagram desde 2011.

O movimento sublinha ainda que as eleições autárquicas deveriam ser “um momento privilegiado de proximidade democrática”, mas que a realidade acaba por refletir as assimetrias existentes entre os grandes centros urbanos e o interior do país.

De acordo com o comunicado, nas áreas metropolitanas a diversidade de canais de comunicação e os maiores recursos das candidaturas asseguram maior visibilidade, enquanto no interior “a escassez de meios locais, o alcance reduzido das estruturas de comunicação e as limitações orçamentais colocam as candidaturas em desvantagem”.

Para o MCPE, esta desigualdade “não é apenas uma questão técnica ou financeira. Trata-se sim de uma
demonstração inequívoca de descoesão nacional”.

O movimento alerta ainda que, se os meios de difusão e publicidade eleitoral forem deixados apenas “à lógica do mercado ou da visibilidade desigual”, o risco é transformar as eleições autárquicas “num palco de protagonismo urbano, esvaziando o interior de voz e relevância”, concluem.

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